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Censo 2022: apenas três municípios têm mais apartamentos do que casas no Brasil

De todos os mais de 5,5 mil municípios, apenas Santos, São Caetano do Sul e Balneário Camboriú têm mais apartamentos do que casas

Balneário Camboriú: conhecida pelos altos prédios que encobrem a areia da praia, a cidade tem 20.620 casas para 36.655 apartamentos. (Getty Images)

Balneário Camboriú: conhecida pelos altos prédios que encobrem a areia da praia, a cidade tem 20.620 casas para 36.655 apartamentos. (Getty Images)

Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 10h03.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2024 às 10h54.

Diferentemente do que se observa em regiões como a Faria Lima, em São Paulo, e em outros grandes centros urbanos, o Brasil é majoritariamente formado por casas, e não por apartamentos. É o que dizem os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De todos os 5.568 municípios, apenas três já têm mais apartamentos do que em casas: Santos e São Caetano do Sul, em São Paulo, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Balneário Camboriú tem o maior preço por metro quadrado de imóvel residencial; veja ranking

Em Santos, são 50.731 casas para 112.401 apartamentos. Em São Caetano, são 27.788 casas para 32.578 apartamentos. Já em Balneário Camboriú, conhecida pelos altos prédios que encobrem a areia da praia, são 20.620 casas para 36.655 apartamentos.

E, analisando os dados do IBGE, a tendência é que, nos próximos anos, mais e mais cidades se espelhem no trio.

Em 2000, apenas 7,6% da população morava em apartamentos. Em 2010, a proporção foi para 8,5%. Nos 12 anos seguintes, o percentual se elevou em mais 4,1 pontos percentuais, chegando aos 12,5% registrados em 2022.

Os domicílios foram divididos na pesquisa em casa, casa de vila ou condomínio, apartamento, habitação em casa de cômodos ou cortiço, habitação indígena sem paredes ou maloca e estrutura residencial permanente degradada ou inacabada.

O levantamento identificou 59,6 milhões de domicílios ocupados como casas, nos quais residiam 171,3 milhões de pessoas, representando 84,8% da população. O segundo tipo encontrado com mais frequência foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 12,5% da população em 2022.

Os domicílios do tipo casa de vila ou em condomínio abrigavam 2,4% da população. Juntos, os tipos casa e casa de vila ou em condomínio reuniam 87,2% da população. As demais categorias são residuais.

Um grupo de 494 mil pessoas, 0,2% da população, residia em domicílios do habitação em casa de cômodos ou cortiço. As outras duas categorias abrigavam menos de menos de 0,1% da população. O tipo habitação indígena sem paredes ou maloca abrigava 52 mil pessoas e o tipo estrutura residencial permanente degradada ou inacabada abrigava 81 mil pessoas.

Em números gerais, São Paulo é onde há o maior número de casas e apartamentos. Na capital paulista, as casas ainda são quase que o dobro dos apartamentos. Veja o gráfico com as cidades com mais apartamentos.

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