Rubens Bueno: deputado acredita que enfraquecimento das intenções de voto para Dilma se deve à uma avaliação negativa de uma série de serviços (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 20h47.
Brasília - O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), avaliou que a pesquisa Ibope/Estado, divulgada nesta quinta-feira, 18, mostra que o cenário para a oposição, no ano que vem, é "muito favorável". Bueno afirmou que a pesquisa, que revelou uma queda de 28 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff para o pleito do ano que vem, reflete um cenário de profunda insatisfação da população com o governo petista, que ele classificou de "frágil" e de "distante da realidade".
Na leitura dele, o enfraquecimento das intenções de voto para a presidente Dilma se deve à uma avaliação negativa, por parte da população, de uma série de serviços, entre os quais saúde, segurança pública e transporte urbano. No cenário estimulado da pesquisa Ibope com quatro concorrentes, a presidente Dilma Rousseff aparece com 30% da preferência do eleitorado, versus 22% de Marina e 13% de Aécio. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), surge com 5%. Na última sondagem, feita em março, Dilma tinha 58% das intenções de voto, contra 12% de Marina, 9% de Aécio e 3% de Campos.
O desempenho de possíveis candidatos de oposição no levantamento animou o parlamentar, que prevê dificuldades para a reeleição de Dilma. "Os números (da oposição) são muito bons e a força é muito grande", disse o deputado. "Só o Aécio e a Marina, juntos, têm 35% (das intenções de voto)", disse o deputado, em referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e à ex-ministra Marina Silva, que tenta articular a sigla Rede Sustentabilidade. O líder do PPS diz que os candidatos da oposição devem atuar unidos para, no ano que vem, derrotarem a presidente na eleição. "É um cenário muito favorável para que a oposição, de forma unida, derrote o governo", disse Bueno.
Bueno avalia, ainda, que a ex-senadora Marina Silva foi quem mais conseguiu canalizar a insatisfação da população contra as lideranças políticas, demonstrada nos protestos que tomaram o País no último mês. Marina foi impulsionada, segundo Bueno, por não ocupar, no momento, nenhum cargo eletivo. "A Marina, por não ter um partido ou um cargo, se beneficia", resumiu.