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Cenário é de guerra na região serrana, diz chefe do Estado-Maior

MOmento mais difícil foi o início do resgate, quando ainda havia busca por sobreviventes, disse o bubcomandante dos bombeiros

Bombeiros ajudam vítimas em Teresópolis, no Rio de Janeiro (Vladimir Platonow/AGÊNCIA BRASIL)

Bombeiros ajudam vítimas em Teresópolis, no Rio de Janeiro (Vladimir Platonow/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 13h35.

Rio de Janeiro - Uma semana depois da catástrofe que atingiu municípios da região serrana do Rio de Janeiro, o cenário ainda é de guerra em boa parte das áreas afetadas. As cidades, porém, vão se organizando diante da nova realidade. A avaliação é do chefe do Estado Maior e subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel José Paulo Miranda, que acompanha os trabalhos de buscas, resgate e salvamento das vítimas dos deslizamentos.

Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que quando as primeiras equipes iniciaram o socorro, não se tinha a dimensão exata dos estragos. Ele acredita que as horas iniciais dos resgates, quando ainda se tem esperança de encontrar vítimas com vida, foram as mais difíceis.

“O primeiro momento sempre é mais difícil porque não tínhamos ideia do que realmente tinha acontecido. O acesso aos locais de deslizamento era muito difícil, o tempo, ainda chuvoso, também complicou. Mas estamos avançando e diante da dimensão do desastre, a resposta tem sido extremamente positiva”, avaliou.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros também destacou a integração entre os organismos estaduais, municipais e federais e as Forças Armadas como fundamental para o trabalho. Segundo o coronel, as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil devem permanecer na região por tempo indeterminado.

O secretário de Comunicação do município, David Massena, destacou que, mesmo depois de uma semana, os resgates continuam sendo o principal foco de atuação. “Não podemos mudar o foco enquanto ainda tiver gente a ser resgatada. Num segundo momento, vamos avaliar os prejuízos econômicos à indústria, ao comércio e ao turismo. Mas por enquanto os esforços estão todos voltados principalmente às buscas, às ações que garantam a dignidade da população”, ressaltou.

De acordo com a prefeitura de Nova Friburgo, há 318 mortos na cidade e cerca de 5,2 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. Aproximadamente 30 abrigos recebem a população que perdeu suas casas ou que não podem retornar para os imóveis. Com a liberação do tráfego pela RJ-130, que liga Nova Friburgo ao município de Teresópolis, foi possível o acesso a todas as comunidades. Algumas, no entanto, permanecem sem energia elétrica e água. Pelas ruas, os trabalhos de limpeza também são intensos, com o uso de retroescavadeiras. Ainda assim, há lama, muita terra e entulho acumulados.

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