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Ceagesp vai propor local gratuito para caminhões

O plano foi desenvolvido após a companhia ser alvo de depredações quano começou a cobrar estacionamento para carga e descarga no entreposto


	Ceagesp: a medida deve ser útil principalmente aos caminhões que têm de aguardar pela abertura dos portões durante a madrugada
 (Fernando Moraes/Veja SP)

Ceagesp: a medida deve ser útil principalmente aos caminhões que têm de aguardar pela abertura dos portões durante a madrugada (Fernando Moraes/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 12h07.

São Paulo - O presidente da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mário Maurici de Lima Morais, vai propor em reunião com a Secretaria de Segurança Pública na segunda-feira (24) a utilização de uma área de 30 mil metros quadrados próxima ao entreposto como "estacionamento de escape" para caminhões.

"Nós queremos que o motorista se dirija até esse lugar e aguarde ser chamado num horário de menos movimento no mercado. A Ceagesp claramente não tem como evitar que caminhão pare em frente à companhia porque não tem autoridade de trânsito.O que vamos conversar com o secretário e estamos falando com a Prefeitura é de montarmos um sistema conjunto em que a Ceagesp possa oferecer essa alternativa do terreno", afirmou o presidente ao Estado. Segundo ele, a proposta é uma alternativa à cobrança de estacionamento, que pode ser retirada em definitivo.

O plano foi desenvolvido após a companhia ser alvo de depredações na sexta-feira, 14, o segundo dia de cobrança do estacionamento para carga e descarga no entreposto. Desde então, a cobrança está suspensa porque os guichês estão destruídos.

A medida deve ser útil principalmente aos caminhões que têm de aguardar pela abertura dos portões durante a madrugada. "Quando é dia de muito movimento, de madrugada os caminhões já ocupam a primeira faixa, segunda, terceira da avenida", disse Maurici.

"Vamos imaginar que nesses 30 mil m² caibam uns 500, 600 caminhões. Isso é suficiente para minimizar bastante o problema de congestionamento na Ceagesp. Mas, para que eles não fiquem aqui na frente e vão para lá, eu preciso do apoio da CET, da Polícia Militar".

O terreno que a Ceagesp quer usar é da União mas está ocupado atualmente pela Rações Primor, na Avenida Torres de Oliveira, ao lado da ponte do Jaguaré. Na próxima quarta-feira, Maurici vai se reunir com representantes da empresa para propor um acordo. Senão, será pedida a reintegração e, segundo ele, em um ou dois meses o terreno deve estar disponível.


"A SPU (Secretaria do Patrimônio da União) concordou em nos ceder o terreno ontem (quinta-feira). Se essa alternativa for aprovada, tenho que ir lá e preparar o terreno, que demora um pouquinho, mas mesmo assim estamos sinalizando que em pouco tempo é possível ter uma solução para esse problema", ressaltou o presidente.

Confusão - Às 13 horas desta sexta-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomendava aos motoristas que evitassem circular na região da Ceagesp em razão das filas de veículos formadas nos acessos ao entreposto.

O Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp) reclamou que os comerciantes e caminhoneiros "sofreram com a falta de organização e inoperância da Companhia" e que, entre as 3 horas e as 13 horas, os funcionários da segurança que organizam o fluxo dos caminhões nas vias internas do entreposto "cruzaram os braços e não fizeram o trabalho de organização que lhes cabe".

"A estimativa é que cerca de 20 mil caminhões tenham passado pelo local neste período, sendo que alguns chegaram a ficar até 4 horas parados", disse o sindicato em nota.

A Ceagesp e a C3V, empresa responsável pelo sistema viário no local, disseram que cerca de 200 funcionários que orientam os motoristas na Ceagesp foram dispensados na segunda-feira e não tem trabalhado desde então porque estão sofrendo ameaças de morte. "Por segurança, eles não estão vindo trabalhar", informou a assessoria de imprensa da companhia.

No local passam diariamente cerca de 12 mil veículos e 50 mil pessoas.

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