Rota Sorocabana: governo afirma que concessão vai melhorar o fluxo nas regiões atendidas (Pablo Jacob/Governo de São Paulo/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 30 de outubro de 2024 às 16h51.
Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 14h29.
A CCR venceu nesta quarta-feira, 30, o leilão de concessão rodoviário da Rota Sorocabana. A companhia ofereceu um lance de R$ 1,601 bilhão, com àgio de 267,835,55 %. Acirrado, o leilão terminou após uma disputa em viva-voz entre CCR e EcoRodovias.
De acordo com o edital, o vencedor seria quem oferecesse o maior valor de outorga. O valor mínimo era de R$ 597,5 mil. A EcoRodovias terminou o leilão com a segunda melhor proposta com outorga de R$ 1,6 bilhão. A ERP deu lance de R$ 864 milhões e a InfraBr3 ofereceu R$ 1,090 bilhão.
Com investimentos previstos de R$ 8,8 bilhões, o contrato será de 30 anos e abrange 460 quilômetros de 12 rodovias localizadas na região Sudoeste e beneficiará 17 municípios do estado: Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Cotia, Ibiúna, Itu, Juquiá, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sorocaba, Tapiraí, Vargem Grande Paulista e Votorantim.
A administração estadual afirma que as obras devem gerar mais de 10,2 mil empregos, diretos e indiretos.
O governo defende que a concessão vai melhorar o tráfego e a segurança viária, reduzindo também os congestionamentos e acidentes na região. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP), o tráfego anual no trecho a ser concedido é de 311 milhões de veículos.
Parte das rodovias do lote já são operadas pela ViaOeste, da CCR, junto com trechos do lote da Nova Raposo, que vai a leilão em 28 de novembro. A gestão Tarcísio decidiu dividir a concessão em dois blocos. Cada lote inclui parte da ViaOeste e outros trechos rodoviários atualmente sob gestão do DER-SP. Os dois lotes juntos têm 552 quilômetros de extensão — 460 km da Rota Sorocabana e 92 km da Nova Raposo.
A Rota Sorocabana inclui 94 quilômetros de duplicação de rodovias e 197,5 quilômetros de faixas adicionais, simples e duplas, com investimentos estimado em R$ 1,15 bilhão.
No caso da SP-250 (Rodovia Bunjiro Nakao), entre os municípios de Vargem Grande Paulista e Piedade, haverá duplicação da via, totalizando 48,2 km. Também serão construídas 35,7 km de faixas adicionais em pista simples no trecho seguinte da rodovia, com 6 km em Piedade, 21,4 km em Pilar do Sul e 8,1 km em São Miguel Arcanjo.
Já a SP-079 (Rodovia Tenente Celestino Américo), que será uma alternativa de acesso à Régis Bittencourt, receberá 24,3 km de duplicação, sendo 5,5 km em Sorocaba, 12,9 km em Votorantim e 5,9 km em Piedade. No trecho seguinte, que cruza a Serra de Tapiraí, contará com 40,2 km de faixas adicionais em pista simples, com 7,3 km em Piedade e 32,9 km em Tapiraí.
No trecho de serra, serão implantadas correções de curvas, nova iluminação e uma rampa de escape para dar maior segurança. Em Juquiá, serão 15 km de faixas adicionais em pista simples que ajudarão a melhorar o tráfego de veículos e caminhões.
A Rodovia Raposo Tavares, na região de Sorocaba, receberá 46,7 km de faixas adicionais em pista dupla, das quais 12,8 km serão implantadas em Vargem Grande Paulista e 28,6 km em Sorocaba. A promessa é aliviar o trânsito e reduzindo congestionamentos nos trechos em que a estrada cruza a mancha urbana dos municípios.
A Castelinho (SP-075) terá 31,3 km de faixas adicionais em pista dupla entre Sorocaba e Itu, enquanto a Rodovia Castello Branco (SP-280) receberá 43,4 km de faixas adicionais em pista dupla, divididos entre São Roque e Mairinque (25,5 km) e em Itu (17,9 km).
Na SP-264 (Rodovia João Leme dos Santos) haverá 4,1 km de duplicação em Salto de Pirapora. Além disso, serão realizadas duplicações de 3,3 km na Avenida Antônio Fauci em Ibiúna, 2,5 km na SPA 103/079 em Votorantim e 11,6 km na SPA 104/079 em Salto de Pirapora, com o objetivo de otimizar a fluidez do tráfego local.