Brasil

CCJC aprova lei para troca de médico que deixar convênio

Projeto obriga operadoras de saúde a substituírem profissional de saúde que deixou de atender pelo convênio


	Médico checa exames: mudança terá de ser comunicada aos consumidores com pelo menos 30 dias de antecedência
 (Didier Pallages/AFP)

Médico checa exames: mudança terá de ser comunicada aos consumidores com pelo menos 30 dias de antecedência (Didier Pallages/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 21h03.

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 23, projeto que obriga operadoras de saúde a substituírem profissional de saúde que deixou de atender pelo convênio. Pelo texto, a mudança terá de ser comunicada aos consumidores com pelo menos 30 dias de antecedência.

O projeto determina também a existência de um contrato entre operadoras, médicos, clínicas ou hospitais credenciados e reajuste periódico aos profissionais, uma antiga reivindicação da classe. Se não houver pedido de emenda em quinze dias, o projeto segue para sanção presidencial.

O relator da proposta, deputado Fábio Trad (PMDB-MS) avalia que a mudança poderá trazer maior segurança para usuários de planos de saúde. "A ideia é reduzir descredenciamentos súbitos, uma queixa comum de consumidores", observa.

Ele avalia que contratos teriam potencial para inibir também o abandono de médicos do atendimento aos planos. "Como não há política de reajustes ou nenhum vínculo, profissionais não hesitam em deixar de prestar atendimento para o convênio."

A aprovação do projeto foi comemorada pelo Conselho Federal de Medicina e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O presidente da entidade, Geraldo Ferreira afirma que a medida também vai inibir que profissionais peçam o descredenciamento.

Pelo texto, membros de cooperativas que operam planos de saúde, estabelecimentos próprios das operadoras e profissionais diretamente empregados pelos planos ficam foram dessas regras. O projeto não conta com a aprovação do governo. Procurados, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar não se pronunciaram sobre a proposta aprovada no Congresso.

Acompanhe tudo sobre:MédicosPlanos de saúdeSaúdeSaúde no BrasilSeguros de saúde

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP