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CCEE vê 2015 "difícil" para setor elétrico

Em 2014, a falta de chuvas elevou os preços de energia de curto prazo, com acionamento de térmicas mais caras


	Energia elétrica: distribuidoras tiveram que arcar com fortes gastos no mercado para atender a demanda
 (Getty Images)

Energia elétrica: distribuidoras tiveram que arcar com fortes gastos no mercado para atender a demanda (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 11h21.

São Paulo - O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, disse nesta segunda-feira que espera um 2015 difícil para o setor elétrico.

"Os problemas não acabam com as eleições. A nossa expectativa para o ano que vem é que vamos continuar a administrar problemas bastante parecidos", disse Barata durante evento do setor.

Em 2014, a falta de chuvas elevou os preços de energia de curto prazo, com acionamento de térmicas mais caras, enquanto as distribuidoras descontratadas tiveram que arcar com fortes gastos no mercado de energia de curto prazo para atender a demanda.

Diante disso, a CCEE chegou a ter que contratar dois empréstimos com bancos para as distribuidoras que somaram quase 18 bilhões de reais.

Tal cenário também elevou os valores de operações no mercado de curto prazo liquidadas na CCEE e Barata estima que essas possam chegar a 36 bilhões de reais no ano.

Isso representaria um aumento de mais de duas vezes o liquidado em 2013, sendo que no ano passado o preço de energia já estava alto e as distribuidoras já enfrentaram descontratação.

De janeiro a setembro de 2014, as operações liquidadas no mercado de curto prazo na CCEE somam 29,5 bilhões de reais.

"Nossa expectativa é que neste ano cheguemos aos 35 bilhões a 36 bilhões de reais (de liquidação no mercado de curto prazo)", disse Barata.

Ele acrescentou que a média de valores liquidados no mercado de curto prazo em anos anteriores, antes de 2013, era de entre 8 bilhões e 10 bilhões de reais.

Apesar dos altos valores levados a liquidação, Barata disse que a inadimplência acumulada no ano é de apenas 0,1 por cento do total levado a liquidação.

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