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Cassado e inelegível: Crivella terá que pagar multa de quase meio milhão de reais; entenda

Atualmente deputado federal, o bispo foi condenado pela Justiça eleitoral por esquema criado em 2020, quando era prefeito do Rio de Janeiro

Em 2020, o bispo foi acusado de montar um esquema para impedir reportagens sobre o sistema de saúde do município (Yasuyoshi Chiba/Getty Images)

Em 2020, o bispo foi acusado de montar um esquema para impedir reportagens sobre o sistema de saúde do município (Yasuyoshi Chiba/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2023 às 06h56.

O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) foi condenado pela Justiça eleitoral por um esquema criado durante a sua administração como prefeito do Rio de Janeiro, conforme adiantado pela coluna do Ancelmo Gois. Em 2020, o bispo foi acusado de montar um esquema para impedir reportagens sobre o sistema de saúde do município.

Para isso, segundo a acusação, o então prefeito contava com servidores públicos municipais em desvio de função. Os agentes, que ficaram conhecidos como Guardiões do Crivella, vigiavam portas de unidades municipais para constranger e ameaçar jornalistas.

A juíza Márcia Capanema, da Justiça Eleitoral, determinou a cassação do mandato de deputado federal e a inelegibilidade do ex-prefeito nos oito anos subsequentes à eleição municipal de 2020. Além disso, Crivella terá que pagar uma multa de R$ 433.290.

Na sentença, a magistrada afirmou que a decisão tem "caráter pedagógico-preventivo" e também demonstra o repúdio à "conduta moral e ilegal perpetrada".

Por que o mandato de Crivella foi cassado?

Em abril, a justiça eleitoral já havia condenado Crivella a oito anos de inegibilidade por abuso de poder econômico na disputa eleitoral de 2020, em uma ação movida por Eduardo Paes (PSD), oponente de Crivella à época, e a coligação composta por Cidadania, DC, PV, PSDB, Avante, PL e DEM. Esta decisão também era de primeira instância e cabia recurso.

Na ocasião, a defesa de Crivella informou que vai recorrer da sentença da juíza Márcia Santos Capanema de Souza, da 23ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro.

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