Rio Grande do Sul: estado sofre com danos provocados por chuvas e enchentes
Agência de notícias
Publicado em 23 de maio de 2024 às 17h11.
Última atualização em 23 de maio de 2024 às 18h10.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou 19 novos casos de leptospirose no estado nesta quinta-feira. Com isso, o número de casos aumentou em 65,5% nas últimas 24 horas. Já foram registrados 48 casos de infecção de leptospirose após o início das chuvas no estado.
Foram registradas 545 suspeitas e duas mortes pela infecção no estado desde o início da calamidade pública. O estado começou a ser atingido pelas enchentes no dia 29 de abril. Até então, haviam sido confirmados 129 casos da doença e seis óbitos neste ano. Em 2023, foram 477 ocorrências com 25 mortes.
A leptospirose é uma doença transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, que pode estar presente na água ou na lama em locais com enchentes que atingem o estado.
“Mesmo que a leptospirose seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, episódios como a dos alagamentos aumentam a chance de infecção”, diz a Secretaria de Saúde, por meio de publicação.
O último óbito pela doença no estado foi confirmado nesta quarta, após um homem de 33, morador de Venâncio Aires (RS), morrer na última sexta-feira em decorrência da infecção.
Em decorrência da explosão de casos no estado, o Ministério da Saúde recomendou nova conduta no tratamento para leptospirose no Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, o tratamento deve ser iniciado de imediato em caso de suspeita, sem necessidade de confirmação laboratorial da infecção.
A orientação é de que pessoas que apresentarem sintomas como febre e dores devem procurar um serviço de saúde de imediato, principalmente se tiverem tido contato com água de alagamento.