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Casos de dengue no estado do Rio aumentam 580% este ano

Estado constatou mais de 53 mil casos suspeitos da doença até o fim do mês passado


	Aedes aegypti: especialista diz que a melhor forma de prevenir a dengue é combatendo o mosquito
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Aedes aegypti: especialista diz que a melhor forma de prevenir a dengue é combatendo o mosquito (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 16h17.

Rio de Janeiro - O estado do Rio de Janeiro notificou mais de 53 mil casos suspeitos de dengue até o fim de agosto. O dado representa aumento de 580% em relação ao número registrado em todo o ano passado. 

Em 2014, foram quase 8 mil infectados pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. O número de mortes em decorrência da doença também aumentou: foram 13 de janeiro até agora, três a mais que de janeiro a dezembro de 2014.

Os números são da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

Apesar do aumento significativo, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, nega que o estado esteja vivendo uma epidemia e lembrou que em 2013 o número de casos foi bem maior: 218 mil.

Ele também explicou que o maior número de casos este ano se deve à volta do vírus tipo 1, principalmente em municípios do interior do Rio, que não tinham histórico de circulação desse vírus.

"Há quatro tipos de vírus e a alternância deles faz com que ocorram esses surtos, ou seja, que o número de casos seja maior em alguns anos do que em outros", acrescentou.

Para o infectologista Alberto Chebabo, o aumento do número de casos é previsível. "O aumento de casos se dá basicamente pela maior proliferação do mosquito, pela entrada de um vírus novo e, consequentemente, pelo aumento de pessoas suscetíveis. O paciente, ao ser infectado, cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou a doença. Com o passar do tempo, aquelas pessoas que não pegaram as epidemias passadas, não têm essa imunidade", explicou.

Chebabo ressalta que a melhor forma de prevenir a doença é combatendo o mosquito e pede maior envolvimento da população.

"A maior parte dos focos de dengue estão nas casas das pessoas. Elas sabem que precisam tomar as medidas de prevenção, como não deixar água parada, e, ainda assim, muitas vezes não tomam essas providências", acredita.

Para reduzir os impactos causados pela dengue, a Secretaria de Estado de Saúde informou que realiza uma série de ações de prevenção.

Uma delas é a campanha 10 Minutos Contra a Dengue, que estimula a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

O site do programa da Secretaria de Estado de Saúde traz todas as informações sobre a campanha 10 Minutos Contra a Dengue como folhetos explicativos, a lista de ações que devem ser feitas semanalmente, tirinhas do personagem Mosquiteiro, espaço para marcar a data em que o morador fez a vistoria em casa e muito mais.

O material foi produzido também para que gestores municipais tenham a opção de fazer o download do folheto e distribuir para a população.

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