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Casos de dengue estão em queda na capital paulista

O clima mais frio é um dos fatores que contribuiu para essa diminuição


	No ano passado, foram 14 mortes de um total de 29.011 casos de dengue, com taxa de letalidade de 0,048
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

No ano passado, foram 14 mortes de um total de 29.011 casos de dengue, com taxa de letalidade de 0,048 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 20h38.

São Paulo - A ocorrência de casos confirmados de dengue está em queda, de acordo com dados da prefeitura de São Paulo. Houve diminuição dos casos desde a 14º semana epidemiológica (SE) – terminada em 25 de abril – até a 18ª, que acabou em 9 de maio.

A doença atingiu seu pico na 14º semana, com 8.127 casos confirmados contraídos na própria cidade. Desde lá, esse número vem caindo e chegou a 2.122 casos na 18ª SE.

“Inverteu-se a tendência, agora a tendência é de redução”, disse o secretário adjunto municipal de Saúde, Paulo Puccini. O clima mais frio é um dos fatores que contribui para essa diminuição.

Puccini chegou a dizer que a dengue estava controlada, mas corrigiu-se, dizendo que “nós controlamos a incidência de criadouros”. As mortes confirmadas pela doença, neste ano, chegaram a 13, porém mais 24 óbitos ainda estão em investigação.

No ano passado, foram 14 mortes de um total de 29.011 casos de dengue, com taxa de letalidade de 0,048. Como este ano o número de casos chegou a 57.794, a taxa de letalidade registrada é menor, sendo 0,022. Até o momento, a epidemia do ano passado pode ser considerada mais letal.

A incidência da dengue na capital paulista alcançou o patamar de 485,8 casos por 100 mil habitantes, o que configura, de acordo com o critério da Organização Mundial da Saúde (OMS), situação de epidemia.

Porém, Puccini ressaltou que esse número corresponde ao acumulado das 18 semanas. “Estamos saindo de um período epidêmico e entrando no endêmico”, acrescentou.

Apesar da queda nos casos da doença, Puccini alertou que não se pode descuidar, a população precisa extinguir possíveis criadouros do mosquito.

O secretário relacionou a crise hídrica na Grande São Paulo à necessidade da prevenção e cuidados com a dengue para o ano que vem.

“Em 2016, a dengue será um problema também”, afirmou. Segundo ele, será preciso trabalhar para que a ocorrência da doença não seja como neste ano.

Com objetivo de dar agilidade ao atendimento médico, foram montadas tendas nos bairros no mês de abril.

A queda no número de atendimentos levou a prefeitura a fechar algumas delas: Jardim Vista Alegre, Elísio Teixeira Leite e M'Boi Mirim. Nesta sexta-feira (22), mais duas terão seus trabalhos encerrados, em Cidade Ademar e Aricanduva.

Nas unidades fechadas, o número de atendimentos caiu para menos de 60 por dia, o que não justificaria a permanência das tendas de assistência, segundo Puccini. Ele afirmou que a demanda será absorvida pelas tendas restantes e outras unidades de saúde.

Em relação à parceria feita com o Exército para ajudar no combate aos focos de dengue, a taxa de recusa das pessoas em permitir a entrada do agente de zoonoses caiu de 20% para 1,9%, segundo últimos dados divulgados pela prefeitura.

A parceria termina em 29 de maio, com visitas no bairro da Freguesia do Ó.

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