Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue: nordeste Twitter vai entrar no combate (James Gathany/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 19h12.
Brasília – Os casos de dengue notificados no país entre janeiro e setembro deste ano caíram 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Os casos graves tiveram redução de 40% e as mortes provocados pela doença, de 25%, no mesmo período.
Os números foram divulgados hoje (11) pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, durante apresentação de um conjunto de ações para o enfrentamento da dengue no próximo verão.
Entre as medidas previstas estão um incentivo financeiro de R$ 90 milhões (20% a mais do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde) a ser distribuído para 989 municípios selecionados. O objetivo é qualificar ações de prevenção e controle da doença. Cada gestor local terá que notificar casos suspeitos de dengue grave e mortes, além de oferecer uma rede de atenção primária capaz de atender casos registrados em sua área de abrangência.
“Esse incentivo é para que os municípios e os estados tenham qualidade no combate à dengue”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, o incentivo deve funcionar como estímulo, por exemplo, para um aumento no número visitas domiciliares feitas pelos agentes.
A estratégia para o próximo verão inclui ainda a ampliação do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que vai passar a incluir 556 municípios .
Outra novidade anunciada pelo Ministério da Saúde trata do monitoramento da situação epidemiológica no país por meio de redes sociais como o Twitter. A ideia é analisar, em tempo real, informações sobre dengue em municípios com população acima de 100 mil habitantes. Os alertas serão acompanhados a partir de novembro pelo sistema de vigilância em saúde, que vai verificar possíveis regiões onde há indicativo de aumento de casos.
“O ministério vai usar todos os instrumentos para saber das informações que a população tem sobre a dengue. Um comentário, às vezes, pode antecipar a existência de um número maior de casos”, assinalou Padilha.