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Caso Marielle: Polícia Civil cumpre novos mandados de busca

Policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos na terça (12) como suspeitos de matar vereadora

Marielle Franco: vereador do Rio de Janeiro foi assassinada há quase um ano (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Marielle Franco: vereador do Rio de Janeiro foi assassinada há quase um ano (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de março de 2019 às 08h37.

Última atualização em 13 de março de 2019 às 11h42.

Policiais civis cumprem hoje (13) novos mandados de busca e apreensão relativos à investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. A ação envolve ainda o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro.

O material apreendido está sendo encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso, e onde estão presos, desde a manhã de ontem (12), os dois suspeitos dos homicídios: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.

Os dois devem ser transferidos ainda hoje para unidades prisionais.

Depoimentos

Cinco pessoas estão na Delegacia de Homicídios da capital (DH), na cidade do Rio de Janeiro, para prestar depoimentos na investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Entre eles estão dois policiais militares, um bombeiro e dois empresários.

Quatro deles foram levados à DH por policiais civis que cumpriram hoje 16 mandados de busca e apreensão. O quinto depoente chegou sozinho à delegacia. Não há mandado de condução coercitiva contra eles, portanto os cinco foram à delegacia de forma espontânea.

Eles serão ouvidos por terem alguma relação com os dois acusados de cometerem os homicídios: o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.

Prisões

O ex-sargento Ronnie Lessa foi preso de madrugada, quando se preparava para sair de casa em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte.

Em conversa informal com integrantes da força-tarefa, ele contou que havia sido avisado sobre a operação.

A promotora Simone Sibílio disse que, até o momento, as investigações mostram que o crime pode ter sido motivado pela repulsa de Ronnie às causas que eram defendidas por Marielle, o que também é conhecido como crime de ódio.

“Com relação ao crime de ódio, se o que se chama de ódio é irresignação, a reação, o descontentamento dele com algumas questões relacionadas às minorias, por exemplo, o perfil dele, pelas pesquisas que ele faz, o comportamento dele tem esse perfil. Essa capitulação não existe no Código Penal. Juridicamente, é um motivo torpe, em razão dessa reação dele a todas as causas com as quais a Marielle trabalhava. É uma reação abjeta dele a essas causas”, disse Simone.

Segundo o MP, o crime foi meticulosamente planejado durante três meses. Além das prisões, foram emitidos mandatos de busca e apreensão de documentos, telefones celulares, computadores e armas.

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