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Caso Marielle: OAB quer rever inquéritos arquivados por delegados suspeitos de envolvimento

PF afirma que a apuração sobre o crime foi dificultada para que não houvesse conclusão do caso

Marielle Franco, vereadora foi assassinada com seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018 (Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Reprodução)

Marielle Franco, vereadora foi assassinada com seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018 (Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Reprodução)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de abril de 2024 às 14h19.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 15h00.

A seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) solicitou informações à Secretaria de Segurança Pública do Rio sobre os inquéritos policiais arquivados no período em que delegados suspeitos de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes estiveram no comando da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O objetivo é rever as investigações conduzidas por Rivaldo Barbosa e Giniton Lages.

Suspeito por atrapalhar as investigações do caso enquanto secretário da Polícia Civil do Rio, Barbosa chefiou a delegacia até a véspera das execuções e está preso desde 24 de março, quando foi deflagrada a Operação Murder Inc. pela Polícia Federal (PF). Já Lages, nomeado pelo antecessor, assumiu a chefia da DHC, que deveria apurar as mortes, na manhã seguinte ao crime e também é investigado.

O advogado Alexandre Dumans, responsável pela defesa de Rivaldo Barbosa, afirmou que o delegado "não tem participação em crime nenhum". Giniton Lages disse que, enquanto comandou a investigação, tomou todas as providências para resolver o caso "em sua integridade".

De acordo com a PF, a apuração sobre o crime foi dificultada para que não houvesse conclusão do caso. Por isso, o requerimento inclui o período em que Barbosa esteve à frente da delegacia. O pedido foi feito também à Procuradoria-Geral de Justiça e à DHC.

A OAB que ter acesso aos documentos arquivados pelo Ministério Público durante o período para que, de acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária, José Agripino da Silva Oliveira, as suspeitas do "uso de estratégias com o fim de dificultar investigações sejam apuradas de forma célere".

Além de Rivaldo Barbosa, também foram presos por suspeita de serem mandantes dos assassinatos o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão. A vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram executados na noite do dia 14 de março de 2018.

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