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Casas são interditadas em São Paulo após problema no solo

Problema no Jardim Ibirapuera começou na última sexta por causa de grande movimentação do solo e ação de interdição na região ocorre como uma medida preventiva


	Ibirapuera: construções correm risco por estarem sobre terreno de declive acentuado e com solo encharcado, devido a mina de água no local e ao esgoto doméstico descartado pelos moradores
 (Wikimedia Commons)

Ibirapuera: construções correm risco por estarem sobre terreno de declive acentuado e com solo encharcado, devido a mina de água no local e ao esgoto doméstico descartado pelos moradores (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 12h26.

Brasília - A Defesa Civil interditou mais de 200 casas em um terreno do Jardim Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, por risco de desabamento. As famílias começaram a desocupar as casas na última quarta-feira (30), e as últimas saídas ocorreram ontem (1º). A prefeitura ainda vai fechar o número definitivo de imóveis que estão em risco.

Hoje (2), a Defesa Civil continua vistoriando os imóveis e mais casas devem ser interditadas, de acordo com Jair Pacca de Lima, coordenador da Defesa Civil Estadual. Segundo a prefeitura, o problema no Jardim Ibirapuera começou na última sexta-feira (25) por causa de uma grande movimentação do solo e a ação de interdição na região ocorre como uma medida preventiva.

Segundo Pacca, as construções correm risco por estarem sobre um terreno de declive acentuado e com solo encharcado, devido a uma mina de água presente no local e ao esgoto doméstico descartado pelos moradores. “Se somar tudo isso, temos um caso bem complicado”, declarou.

A Defesa Civil constatou que as casas interditadas apresentam rachaduras, quedas de estruturas e afundamentos. Algumas portas e janelas, além disso, não fecham por causa dessas falhas. Pacca disse que os moradores construíram lajes, que foram, ao longo do tempo, ganhando mais pavimentos. “Isso também contribuiu muito para a instabilidade no local”, disse.

A secretaria municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou, por meio de nota, que está atendendo aos moradores. “Foram cadastradas 163 famílias, que receberam colchões, cobertores, cestas básicas, kits de higiene e lanche”. Outras famílias que deixaram as casas não necessitaram de apoio.

Algumas dessas famílias passaram a noite no abrigo do Clube Escola Joerg Bruder, mas, de acordo com a secretaria, a maioria das pessoas optou por ficar em casa de parentes. “A prefeitura providenciou o transporte das pessoas e objetos”, diz o comunicado.

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