Transpetro: vazamento ocorreu em um terreno que fica ao lado de um galpão industrial desativado (Germano Lüders/EXAME)
Agência Brasil
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 15h18.
Pelo quarto dia consecutivo, equipes técnicas tentam remover a nafta que vazou de um oleoduto da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte e logística na distribuição petrolífera, na Vila Jacuí, na região de São Miguel Paulista, zona leste da cidade de São Paulo.
Até o início da manhã de hoje (28), tinham sido perfurados sete poços para realizar o bombeamento do produto que escorreu solo abaixo. Também foram retirados 80 mil metros cúbicos de terra contaminada. O material está sendo levado para aterros, onde é possível fazer o descarte adequado.
O vazamento ocorreu em um terreno que fica ao lado de um galpão industrial desativado, na Rua Mirassol D'Oeste, após uma tentativa de furto do produto químico. Ao ser alertada por vizinhos o imóvel sobre o forte cheiro, a Defesa Civil Municipal isolou todo um quarteirão.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), 53 pessoas ainda não puderam retornar as suas casas.
Desse total, 24 estão abrigadas em hotéis pagos pela Transpetro. Ainda hoje (28) deve ser feita uma avaliação sobre a presença de nafta nas moradias para averiguar se não há mais riscos à saúde.
Nafta
Derivada do petróleo, a nafta é utilizada como matéria-prima na fabricação de solventes, entre outras finalidades na indústria. Ao ser inalada, ela atua como depressor do sistema nervoso e pode causar irritações nas vias aéreas, náuseas, dor de cabeça e tontura, entre outros sintomas.