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Casal gay é achado morto em Alagoas

Márcio Lira Silva e Eduardo, cujo sobrenome não foi divulgado, estavam desaparecidos desde 28 de março

Márcio Lira, que era pai de santo, e Eduardo tinham um relacionamento antigo. Os dois fariam uma viagem de férias, segundo informações de amigos e familiares à polícia (Getty Images)

Márcio Lira, que era pai de santo, e Eduardo tinham um relacionamento antigo. Os dois fariam uma viagem de férias, segundo informações de amigos e familiares à polícia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 22h33.

São Paulo - Um casal gay foi encontrado morto em um canavial na cidade de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. Márcio Lira Silva e Eduardo, cujo sobrenome não foi divulgado, estavam desaparecidos desde 28 de março, quando foram vistos pela última fez no bairro Vergel, na periferia da capital. Os dois corpos estavam com os olhos perfurados e os dedos das mãos cortados.

O delegado de Rio Largo, Antonio Edson Souza Oliveira, disse que somente depois do laudo do Instituto Médico-Legal (IML) saberá se as perfurações foram criminosas ou se algum animal violou os corpos das vítimas, que estavam em avançado estado de decomposição.

Oliveira disse acreditar que o crime esteja relacionado a homofobia e admite que a investigação será bastante difícil. Os rapazes possivelmente foram interceptados por alguém em Maceió e os seus corpos abandonados no canavial em Rio Largo. "Foi uma desova", disse o delegado, usando o jargão policial que indica que as mortes aconteceram em um local e os corpos foram colocados em outro.

Márcio Lira, que era pai de santo, e Eduardo tinham um relacionamento antigo. Os dois fariam uma viagem de férias, segundo informações de amigos e familiares à polícia. De acordo com o delegado Oliveira, parentes fizeram uma queixa na polícia de desaparecimento e somente nesta quarta-feira, depois de muitas buscas em hospitais de Alagoas, é que foram ao IML, ao serem informados de que dois corpos haviam sido encontrados no canavial. "Os corpos foram recolhidos como indigentes, sem identificação. As famílias reconheceram os dois no IML", explicou o delegado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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