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Carvalho: "Quem apostar na luta ódio contra ódio perderá"

"Não somos portadores do ódio, nem queremos polemizar nesse sentido", disse Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República


	O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "nós não fizemos um governo de ódio"
 (Elza Fiuza/ABr)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "nós não fizemos um governo de ódio" (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2014 às 11h42.

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse há pouco que o governo da presidente Dilma Rousseff não é "portador de ódio" e, num ataque às candidaturas da oposição, afirmou que as alternativas que se apresentam no cenário eleitoral representam uma "política da exclusão". Na avaliação do ministro, "quem apostar na luta ódio contra ódio vai perder". "Nós não somos portadores do ódio, nem queremos polemizar nesse sentido", disse.

No último domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, se em 2002 o PT fez campanha para "a esperança vencer o medo", o foco da próxima corrida presidencial será uma "campanha para a esperança vencer o ódio". Esse comentário de Lula foi feito após a presidente Dilma Rousseff ser vaiada e xingada na Arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo.

"Quem apostar na luta ódio contra ódio vai perder. Não vale a pena. O presidente Lula, como eu, temos denunciado uma prática de disseminação de um ódio de classe contra aqueles que tentam a mudança no País, a gente privilegiada que não quer a mudança. Felizmente ela é uma minoria, e ela dissemina esse ódio difundindo inverdades como, por exemplo, de que nós somos os grande autores da corrupção, que nós somos aqueles que se apoderaram do aparelho de Estado para os seus companheiros, para os 'petralhas', e assim por diante", disse há pouco Carvalho a jornalistas, antes de participar da convenção nacional do PT, em Brasília.

"É disso que se trata a nossa insurgência. Nós não somos portadores do ódio e nem queremos polemizar nesse sentido. Nós queremos que as maiorias vençam as minorias que resistem à mudança. A mudança é pelo bem de todo o mundo, inclusive das minorias. Nós não fizemos um governo de ódio, fizemos um governo que procurou unificar o País", afirmou o ministro.

Enquanto aliados de Dilma apostam no discurso de que Dilma é "vítima das elites", o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves já disse que não vai cair na "armadilha da luta de classes".

Mudanças

Ao falar do slogan da campanha de Dilma, "Mais mudanças, mais futuro", Carvalho afirmou que o Brasil é "testemunha" das mudanças implantadas pela gestão do PT na economia e nas políticas sociais.

"Quem governou esses 12 anos e quem conhece esse país e traz consigo a energia do povo, esse diálogo aberto com a sociedade, como nós sempre fizemos, nós entendemos que (o PT) tem condições objetivas e subjetivas de continuar operando essa mudança que o país precisa", comentou o ministro.

"As propostas que se apresentam como alternativa não são de mudança, representam na verdade o retorno de uma política que era a política da exclusão, em que as pessoas não tinham o direito que hoje têm", disse o ministro, repetindo o discurso de petistas de que a candidatura de Aécio Neves representa um "retrocesso".

"Basta você comparar o Brasil de hoje com o Brasil de 2002. Não há dúvida nenhuma que quem tem condições de continuar fazendo esse processo que o Brasil anseia é a presidenta Dilma e aquilo que ela representa como projeto", concluiu Carvalho.

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