Brasil

Carvalho diz que debate sobre Copa tem sido duro

O ministro disse que "não tem lógica" comparar os gastos com obras para a Copa com orçamento para saúde e educação


	O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "Tem sido muito positivo. O debate é muito duro, se você tem 30 intervenções, 28 são críticas, está assim o clima"
 (Elza Fiuza/ABr)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "Tem sido muito positivo. O debate é muito duro, se você tem 30 intervenções, 28 são críticas, está assim o clima" (Elza Fiuza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 18h04.

São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho disse nesta quarta-feira, 23, que o debate com movimentos sociais sobre a Copa tem sido duro, mas que tem encontrado receptividade nos encontros.

"Tem sido muito positivo. O debate é muito duro, se você tem 30 intervenções, 28 são críticas, está assim o clima."

Contudo, o ministro avalia positivamente a iniciativa do governo e relata que, após as reuniões, a principal crítica que recebe é com relação à demora do governo em se comunicar sobre a Copa.

"Não fizemos esse trabalho no tempo adequado", admite Carvalho.

Nos próximos dias, o governo começará a veicular uma campanha televisiva para defender a realização da Copa no Brasil.

Carvalho tem percorrido as cidades que sediarão o Mundial para fazer a ponte com os movimentos sociais, na estratégia que ele chama de "correção de rota".

Pesquisa Datafolha divulgada neste mês apontou que apenas 48% da população aprova a realização do Mundial no país.

"Há muita contestação exatamente porque as pessoas vêm para as reuniões com esse padrão de informação de que a Copa é um circo de corrupção, de gasto de dinheiro público em detrimento da saúde e da educação."

O ministro disse que "não tem lógica" comparar os gastos com obras para a Copa com orçamento para saúde e educação.

Carvalho voltou a defender que não há dinheiro do orçamento público nos estádios, mas somente em obras de infraestrutura que permanecerão para a população. O ministro disse que faz um "alerta" a quem diz que as obras vão ficar atrasadas: "vão quebrar a cara".

Em seu périplo em defesa da Copa, o ministro passou por Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre. Amanhã conversa com grupos em São Paulo, onde já está hoje participando do evento sobre internet Arena Net Mundial.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesEventosFutebolGoverno

Mais de Brasil

Gilmar Mendes autoriza retomada de escolas cívico-militares em São Paulo

Lula foi monitorado por dois meses pelos 'kids pretos', diz PF

Tentativa de golpe de Estado: o que diz o inquérito da PF sobre plano para manter Bolsonaro no poder