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Carros populares: Haddad avalia que medidas para reduzir custos serão implementadas no próximo ano

Fernando Haddad afirma que algumas propostas discutidas exigem a consideração das regras fiscais e serão debatidas com o presidente Lula antes de serem anunciadas

Governo discute medidas para reduzir custo de carros populares no Brasil (Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda/Flickr)

Governo discute medidas para reduzir custo de carros populares no Brasil (Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda/Flickr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 24 de maio de 2023 às 14h52.

Última atualização em 24 de maio de 2023 às 15h04.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que uma parcela das medidas que estão sendo discutidas para baratear carros populares no Brasil só poderá ter aplicabilidade no ano que vem.

Em conversa com jornalistas na Fazenda nesta quarta-feira, Haddad não detalhou o que está sendo discutido, embora a expectativa seja de incentivos à indústria em pontos como a concessão de crédito com maior atratividade aos consumidores ou a desoneração do setor.

"Nós discutimos várias possibilidades, mas tem coisas que só dá para fazer ano que vem. Pode até ser anunciado, mas só dá pra fazer ano que vem em virtude das regras fiscais. Nós vamos sentar com ele [presidente Lula] para discutir", disse o ministro.

Redução de custo dos carros populares

No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em viabilizar modelos de automóveis com menor custo ao consumidor e defendeu que as empresas facilitem o financiamento dos veículos.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços está liderando as discussões de possíveis medidas e anúncios são esperados nesta quinta-feira, Dia da Indústria. "O Globo" adiantou que o governo federal está olhando para os "carros populares" na categoria de veículos com motor 1.0.

Haddad esteve reunido com Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin no início da tarde, para apresentar as sugestões da Fazenda sobre as medidas de estímulos à indústria.

"Acredito que amanhã, por ser Dia da Indústria, ele [presidente Lula] queira anunciar, mas não sei se vai dar tempo de processá-las [as medidas]. Não posso adiantar, é um programa que o vice-presidente desenhou", disse, após a reunião.

O presidente para a América do Sul do grupo automotivo Stellantis, Antonio Filosa, argumentou que uma saída para incentivo à indústria seria a "facilitação" do acesso ao crédito, no contexto de juros elevados. O executivo esteve no Ministério da Fazenda para uma reunião com a equipe econômica do governo, também nesta quarta-feira.

"Encontramos muita abertura para falar sobre a indústria automotiva. Sobre o programa do carro verde acessível, carros populares, se for apresentado, vai ser um importante marco para a indústria. As medidas nos detalhes eu não conheço, mas a indústria sofre hoje com juros altos. Claramente facilitar o crédito é uma boa ação", disse.

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