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Carro destruído por coquetel molotov abala vizinhos de Temer

Na noite de domingo, homens que estavam em um Sandero preto lançaram um coquetel molotov na casa da arquiteta Tânia Assumpção, no Alto de Pinheiros

Carro atingido: os vizinhos tentaram apagar o fogo, mas só o Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que fogo se alastrasse (Reprodução/Twitter)

Carro atingido: os vizinhos tentaram apagar o fogo, mas só o Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que fogo se alastrasse (Reprodução/Twitter)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 17h03.

O carro completamente destruído da vizinha do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros,em São Paulo, deixou os moradores da região em alerta.

À Veja.com, o engenheiro José Marcos Konder Comparato, vizinho da moradora dona do carro, disse que todo mundo ficou inseguro.

"A maioria dos carros fica à vista, principalmente porque aqui no bairro muitas garagens são abertas. O maior medo era que se espalhasse e atingisse as casas.”

Também morador da região, José Luis Brazuna afirmou que o caso foi atípico.“Já bloquearam os acessos à praça, picharam várias casas, mas nada comparado ao que aconteceu. Acho legal protestarem perto de onde mora o presidente, mas vandalismo não, né? Foi um ato terrorista.”

Protesto

Na noite de domingo (4), homens que estavam em um Sandero preto lançaram um coquetel molotov na casa da arquiteta Tânia Assumpção. O único carro dela, um Honda City prata foi incendiado e ficou completamente destruído.

Os vizinhos tentaram apagar o fogo, mas só o Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que fogo se alastrasse.

A decoradora ficou em choque. “Ela estava totalmente em choque, andava de um lado para o outro sem saber o que fazer. Depois que ela ligou para o seguro, alegando vandalismo, foi para a casa da filha, até porque o cheiro de fumaça era insuportável”, disse Maria Rosa, que trabalha na casa de Tânia, para a reportagem da Veja.com.

Tânia espera que a seguradora arque com os prejuízos. Segundo ela, as manifestações no bairro sempre sobram para os vizinhos de Temer. “Eles picham as casas, aprontam tudo, sempre tem passeata. Minha casa está cheia de fuligem dentro, mas agora é vida que segue.”

No domingo, cerca de 100 mil pessoas foram às ruas em São Paulo protestar contra o presidente. Os atos contra o governo Temer têm sido marcados pela violência da repressão policial e por quebra-quebra de manifestantes black blocs.

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