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Carreata pró-Bolsonaro em Brasília reúne 25 mil veículos, diz PM

Nesse domingo, pela primeira vez, o candidato aparece tecnicamente empatado com o presidenciável do PT, Fernando Haddad

Carreata em prol do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) realizada neste domingo, 39, na Esplanada dos Ministérios (Youtube/Reprodução)

Carreata em prol do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) realizada neste domingo, 39, na Esplanada dos Ministérios (Youtube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de setembro de 2018 às 16h17.

A Polícia Militar do Distrito Federal informou que cerca de 25 mil veículos participaram da carreata em prol do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) realizada neste domingo, 39, na Esplanada dos Ministérios. Segundo a PM, na dispersão foram 6 faixas ocupadas, com 20 a 30 carros passando por minuto por faixa.

Questionado pela imprensa sobre esse número de participantes - já que por volta do meio-dia, perto do fim da manifestação, a estimativa divulgada foi de 10 mil a 12 mil carros -, o Major Michello reafirmou que o dado final levou em consideração três horas e meia de evento. Segundo ele, a contagem começou no início do ato, às 9h, e desde então chegavam e saíam carros.

Também quando perguntado sobre o fato de que muitos motoristas estavam indo para outros destinos e entraram sem querer na carreata, pois não havia bloqueios nem aviso sobre a manifestação, o major reforçou a metodologia usada pela PM e disse que "tinha muito carro, tanto nas vias principais quanto nas secundárias".

A manifestação teve início por volta das 9 horas, com cerca de 200 pessoas. Perto das 11 horas, porém, conseguiu atrair mais integrantes e formar uma grande carreata nas proximidades do Congresso Nacional. Cerca de uma horas depois, o grupo começou a se dispersar e uma parte pequena seguiu para a porta da Rede Globo para fazer um "buzinaço".

O movimento pró-Bolsonaro foi organizado em grupos nas redes sociais. A página de um desses grupos informa que eventos de apoio ao candidato têm sido feitos rotineiramente aos domingos e prosseguirão até o segundo turno, se houver.

Neste sábado, 29, manifestantes contrários a Bolsonaro lotaram as ruas das capitais, do Distrito Federal e de várias cidades do interior do Brasil. Cidades de outros países também reuniram protestos contra o candidato, dentre elas Lisboa, Paris e Washington. Sob o slogan #EleNão, a campanha foi criada dentro de um grupo no Facebook que reúne 3,8 milhões de mulheres. As lideranças do movimento afirmam que a campanha é para alertar a população sobre as ideias de Bolsonaro, consideradas pelos participantes como "fascistas e machistas".

Além desse, outro grupo favorável a Bolsonaro está reunido nas proximidades do Centro de Aeromodelismo de Brasília, em outra região da cidade. O ato conta com a participação de candidatos distritais aliados ao presidenciável do PSL.

Intenções de voto

Capitão da reserva e deputado federal por sete mandatos, Bolsonaro vinha liderando as recentes pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno. No domingo, pela primeira vez, o candidato aparece tecnicamente empatado com o presidenciável do PT, Fernando Haddad, conforme os resultados da pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O levantamento divulgado neste domingo (30) mostra Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto e Haddad com 25,2% da preferência dos entrevistados. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, Bolsonaro pode ter entre 26% e 30,4%. Já Haddad pode ter entre 23% e 27 4%.

No sábado, Bolsonaro teve alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de 22 dias de internação. Ele foi alvo de um ataque a faca durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no dia 6 de setembro.

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