Brasil

Cármen Lúcia: Já passou da hora do Brasil se tornar uma República

A presidente do STF declarou que a sociedade só defende os valores republicanos quando são "aplicados ao outro"

Cármen Lúcia: "Já passou muito da hora de o Brasil se tornar uma verdadeira República" (José Cruz/Agência Brasil)

Cármen Lúcia: "Já passou muito da hora de o Brasil se tornar uma verdadeira República" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 15h33.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira, 27, que "já passou da hora de o Brasil se tornar uma verdadeira República".

Durante sessão plenária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra chegou a dizer que a sociedade só defende os valores republicanos quando são aplicados ao outro.

"No Brasil, todo mundo é republicano e a favor da República desde que o instrumento seja aplicado ao outro. Todo mundo é a favor do concurso público desde que seja para o outro fazer. Todo mundo é a favor da licitação desde que para outra empresa", disse a ministra.

"Já passou muito da hora de o Brasil se tornar uma verdadeira República".

Cármen Lúcia falou durante seu voto sobre a titularidade de cartórios no Rio Grande do Sul. Segundo a ministra, as disputas sobre esse assunto sobrecarregam tanto o Supremo quanto o CNJ.

Eu não conheço concurso para cartório que não seja objeto de impugnações, litigiosidade, judicialização", disse.

O caso, analisado no CNJ, é de um tabelião que recorreu de uma liminar para que o conselho o autorizasse a permanecer à frente do cartório, mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal declará-lo vago.

O plenário, porém, negou provimento ao recurso por unanimidade.

Acompanhe tudo sobre:BrasilCármen LúciaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Decisão da Justiça dá aval para concessionária do Ibirapuera cobrar taxa de assessoria esportiva

Gilmar Mendes marca audiência no STF para discutir pejotização

Se 'acontecer o que estou pensando' o Brasil terá primeiro presidente eleito quatro vezes, diz Lula

Gleisi Hoffmann diz que espera acordo após suspensão de decretos do IOF