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Cármen Lúcia deve decidir até amanhã sobre recurso de Maluf

Pedido da defesa do deputado federal quer suspender o início da pena de prisão em regime fechado imposta pelo relator Edson Fachin

Cármen Lúcia: destino de Maluf está nas mãos da presidente do STF (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

Cármen Lúcia: destino de Maluf está nas mãos da presidente do STF (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 13h25.

Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, deve decidir ainda nesta quinta-feira, 21, ou até esta sexta-feira, 22, sobre o pedido da defesa do deputado federal Paulo Maluf, que quer suspender o início da pena de prisão em regime fechado imposta pelo relator Edson Fachin até a análise de um novo recurso contra a condenação.

Fachin, relator da ação penal em que o parlamentar foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado, por crime de lavagem de dinheiro, considerou "meramente protelatórios" os embargos infringentes (tipo de recurso) apresentado pela defesa após a 1ª Turma do STF ter rejeitado o primeiro recurso contra a condenação.

Em outra frente de atuação, a defesa do ex-prefeito de São Paulo pediu que a Vara de Execuções Penais autorizasse o parlamentar a ficar em prisão domiciliar até uma nova manifestação do STF.

O juiz Bruno Aielo Macacari, apesar de não ter atendido a esse pedido, determinou a transferência do ex-prefeito de São Paulo para uma ala destinada a presos idosos do Centro de Detenção Provisória (CDP), dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

O juiz também pediu informações sobre se o CDP "têm condições de prestar a assistência médica de que necessita o sentenciado". A reportagem apurou que o Sistema Penitenciário do DF já informou ao juiz ter condições de atender Maluf.

A ala B, no bloco 5 do CDP, já teve como detento o empresário e senador cassado Luiz Estevão. Em janeiro, em uma vistoria realizada no bloco, foram encontrados itens proibidos na cela dele, como chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e massa importada.

Na época, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) abriu uma sindicância para apurar se houve facilitação por parte de carcereiros para a entrada desses itens em troca de propina.

A prisão de Maluf, que se entregou nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal em São Paulo, se deu após longa tramitação de uma ação que apurou desvios milionários dos cofres da Prefeitura de São Paulo entre 1993 e 1996.

O dinheiro teria saído de obras viárias marcantes de sua gestão, o Túnel Airton Senna e a Avenida Água Espraiada, hoje Jornalista Roberto Marinho.

Maluf sempre negou contas no exterior. "Não tenho e nunca tive contas no exterior", recita, sempre que indagado sobre o tema.

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