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Cargo é da presidente, diz ministro dos Transportes

César Borges tem audiência marcada com a presidente Dilma, mas afirmou que "não tem nada com entregar cargo"


	César Borges: a expectativa é de que ele possa deixar o cargo
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

César Borges: a expectativa é de que ele possa deixar o cargo (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 10h51.

Brasília - Pouco antes de seguir para o Palácio da Alvorada, onde teria audiência com a presidente Dilma Rousseff, às 9 horas, o ministro dos Transportes, César Borges, disse ao Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, que "não tem a menor ideia do teor da conversa" para a qual foi convocado, mas que "não tem nada com entregar cargo".

Ele ressaltou, no entanto, que "cargo não se entrega, ele é da presidente da República" e que, portanto, não podia adiantar nada sobre o que aconteceria na audiência com a presidente.

Apesar da negativa de Borges, a expectativa é de que ele possa deixar o Alvorada com seu destino selado para outro posto no governo, fora da Esplanada.

A decisão sobre a convocação de César Borges ao Palácio da Alvorada foi tomada em reunião da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também no Alvorada, com os integrantes da sua campanha.

Com 31 deputados e quatro senadores, o PR tem um minuto de propaganda eleitoral, tempo considerado precioso em momentos de campanha acirrada.

Depois de perder o PTB, Dilma não quer arriscar mais problemas com aliados, agora com o PR. Daí a possibilidade de ceder à pressão da direção do partido, que não quer a permanência de César Borges no cargo.

O partido quer substituir o ministro, mas também diz não aceitar a volta do ex-ministro Paulo Sérgio Passos, que já esteve na pasta e é um nome do agrado da presidente Dilma.

Ontem, em mais uma rebelião, dirigentes do PR foram, pela manhã, ao Palácio do Planalto, conversar com os ministros da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais, Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini, para reiterar que o ministro dos Transportes, César Borges, não representava o partido.

Este comunicado já havia sido feito pelo partido em outras ocasiões, mas sempre foram relegadas a segundo plano pelo governo.

Depois de Borges, Dilma participa de uma conversa sobre a Copa com internautas, em mais um "Face to face" e, depois, às 11 horas, vai à Convenção Nacional do Partido Social Democrático (PSD), na Câmara dos Deputados.

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