Brasil

Cardozo pedirá arquivamento de impeachment por falta de base

O ministro vai apresentar, às 17h desta segunda-feira, a defesa de Dilma Rousseff na comissão da Câmara dos Deputados


	José Eduardo Cardozo: o ministro vai apresentar, às 17h desta segunda-feira, a defesa de Dilma Rousseff
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

José Eduardo Cardozo: o ministro vai apresentar, às 17h desta segunda-feira, a defesa de Dilma Rousseff (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 12h50.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, vai pedir o arquivamento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff por falta de fundamentação jurídica e sustentar que há  "suspeita de desvio de finalidade" na aceitação da denúncia, pois teria ocorrido por um ato de "vingança" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que contraria princípios constitucionais da administração pública.

A informação foi divulgada hoje (4) pela Advocacia-Geral da União (AGU).

O ministro vai apresentar, às 17h desta segunda-feira, a defesa de Dilma Rousseff na comissão da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impedimento da presidenta.

Em defesa da manutenção do mandato da presidenta, a AGU nega a existência de operações de crédito entre a União e bancos públicos nos repasses de recursos de programas sociais, um dos argumentos apresentados pelos autores da denúncia para pedir o impeachment.

“A defesa também afirma que não ocorreu a atuação direta da presidenta nesse processo, um dos requisitos constitucionais para a responsabilização, e que poderiam ensejar o impedimento, isso caso alguma irregularidade tivesse sido cometida”, diz a nota.

Segundo a AGU, sobre a edição de decretos de crédito suplementar, questionados pela acusação, Cardozo vai explicar que toda a operação ocorreu dentro da legalidade, fundamentada em pareceres jurídicos, e que, ao contrário do que está sendo alegado, “não implicou em gastos extras do orçamento, mas em um remanejamento de recursos”.

Por isso, segundo o ministro, o ato não necessitaria de autorização do Parlamento e “tampouco teria influência sobre o cumprimento da meta fiscal”.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilImpeachmentCâmara dos DeputadosEduardo Cunha

Mais de Brasil

Formação de ciclone na Argentina provoca alertas de chuvas em estados de três regiões do Brasil

Disputa de 2026 será por 10% do eleitorado desinteressado que busca pelo novo, diz CEO da AtlasIntel

Crise das bebidas com metanol: Procon fiscaliza mais de de mil bares de SP em uma noite

Lula viaja para Roma neste sábado e se encontrará com papa Leão XIV