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Cardozo diz que não descarta acionar a Justiça

Na comissão que analisa as denúncias contra a petista no Senado, Cardozo voltou a dizer que a perda do mandato sem amparo legal seria classificada de golpe


	Cardozo: Para Aloysio Nunes, se o argumento é de que se trata de um golpe, Cardozo, como advogado da presidente, já deveria ter tomado atitudes
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Cardozo: Para Aloysio Nunes, se o argumento é de que se trata de um golpe, Cardozo, como advogado da presidente, já deveria ter tomado atitudes (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 17h16.

Brasília - O advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou na tarde desta sexta-feira, 29, que não descarta acionar a Justiça para questionar o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na comissão que analisa as denúncias contra a petista no Senado, Cardozo voltou a dizer que a perda do mandato sem amparo legal seria classificada de golpe.

Durante a sessão, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) questionou as ações do advogado-geral da União. Para ele, se o argumento é de que se trata de um golpe, Cardozo, como advogado da presidente, já deveria ter tomado atitudes.

"O que está fazendo vossa excelência? Por que não procurou o Ministério Público? O que faz vossa excelência que afirma que é golpe e não toma providências?", disse.

Cardozo explicou que tomou todas as medidas possíveis até o momento e ressaltou que agora quer convencer o Senado a decretar a nulidade do processo de impeachment de Dilma. Mas ponderou: "Não afasto possibilidade de ir ao Judiciário".

Temer

Cardozo evitou fazer qualquer comentário sobre a possibilidade do vice-presidente Michel Temer vir a enfrentar um processo de impeachment por também ter assinado decretos de suplementação orçamentária - um dos alvos do processo contra Dilma.

"Não posso analisar questão sobre o vice-presidente Michel Temer. Caso ele solicite, poderá ser defendido pela Advocacia-Geral da União (AGU) em um eventual processo. Mas minha situação ética e profissional me impede de me manifestar sobre questão, porque eu poderia ter que assumir eventualmente a sua defesa", limitou-se a responder.

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