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Caprichos não podem afetar interesses do país, diz Renan

O presidente do Senado disse que a sessão para análise de vetos presidenciais está mantida e disse que os interesses não podem ser sobrepostos por caprichos


	Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 17h17.

Brasília - O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a sessão conjunta de Câmara e Senado para análise de vetos presidenciais está mantida para esta quarta-feira, e afirmou que os interesses do país não podem ser sobrepostos por "caprichos" de algumas pessoas, em crítica velada ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cunha convocou sessão da Câmara para o mesmo horário que Renan havia chamado reunião do Congresso, impedindo assim que deputados e senadores analisassem vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas com impacto nas contas públicas. Cunha quer a inclusão na pauta do Congresso da análise do veto presidencial a proposta que permite o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

"A política pode ser tudo, mas não pode colocar os seus caprichos acima do interesse do país", disse Renan a jornalistas, garantindo que esperará a conclusão da sessão da Câmara convocada por Cunha para realizar a sessão do Congresso para análise dos vetos.

"Vamos esperar. O presidente da Câmara não é membro da mesa do Congresso Nacional, mas ele pode marcar sessões coincidentes", afirmou Renan, que afastou uma disputa de poder ou política com Cunha.

De acordo com o presidente do Congresso, o problema existente é "espacial", já que as sessões do Congresso acontecem no plenário da Câmara, mesmo espaço onde ocorre a sessão da Casa convocada por Cunha.

Está na pauta do Congresso alguns vetos a projetos que teriam impacto nas contas públicas, em um momento em que o governo busca o ajuste fiscal. Entre essas negativas presidenciais, está a feita ao projeto que reajusta em até 78,6 por cento os salários dos servidores do Judiciário e o que amplia a todos os aposentados a política de reajuste do salário mínimo.

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