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Capes bloqueia mais 2,7 mil bolsas de pós-graduação no Brasil

No mês passado, a fundação de promoção à pesquisa científica, ligada ao MEC, já havia cortado 3.474 bolsas de estudo de mestrado, doutorado e pós-doutorado

Protestos: o corte de bolsas de pós-graduação foi o estopim das greves contra bloqueios na Educação (Amanda Perobelli/Reuters)

Protestos: o corte de bolsas de pós-graduação foi o estopim das greves contra bloqueios na Educação (Amanda Perobelli/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de junho de 2019 às 16h54.

Última atualização em 4 de junho de 2019 às 17h19.

Brasília — A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (04) que vai bloquear de mais 2,7 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no Brasil.

O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), afirma que agora serão suspensas bolsas de cursos avaliados consecutivamente com nota 3 ou que tiveram redução de nota 4 para 3. O bloqueio, segundo a Capes, faz parte do contingenciamento de recursos anunciados pelo MEC.

Segundo Zena Martins, diretora de programas e bolsas da Capes, nenhum aluno que já está no sistema será prejudicado. Foram congeladas 2.331 bolsas de mestrado, 335 de doutorado e 58 de pós-doutorado, totalizando 2.724 bolsas. No total, a Capes oferece 100 mil bolsas de pós-graduação em todo o país.

No mês passado, a fundação de promoção à pesquisa científica no país já havia cortado 3.474 bolsas de estudo. A princípio seriam 4.698, mas o governo voltou atrás e disse que reabriria 1.224 bolsas de cursos com conceitos 6 e 7 — os mais prestigiados pela avaliação da Capes. 

Os protestos contra os cortes na Educação que tomaram as ruas do país em 15 e 30 de maio foram uma resposta aos anúncios dos cortes pela Capes, somados aos bloqueios de recursos para as Universidades Federais.

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