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Capa da New Yorker mostra atletas fugindo de Aedes no Rio

Segundo o designer, o mosquito é a síntese perfeita do receio que turistas e atletas enfrentarão na Olimpíada no Brasil

Capa da New Yorker zika virus topo da matéria (Reprodução/New Yorker)

Capa da New Yorker zika virus topo da matéria (Reprodução/New Yorker)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 12h03.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 11h47.

São Paulo –  A revista norte-americana New Yorker estampa na capa de sua mais recente edição uma ilustração que mostra velocistas fugindo de uma nuvem de mosquitos Aedes aegypti, em referência ao surto de zika enfrentado pelo Brasil, sede da Olimpíada de 2016.

A arte é assinada pelo ilustrador Mark Ulriksen, que a batizou de "Something in the air" (Algo no ar, em inglês). De acordo com Ulriksen, o desenho é a síntese perfeita das preocupações de turistas e atletas que virão aos Jogos Olímpicos, que se iniciam nesta sexta-feira (5).

"Os próximos Jogos Olímpicos já apresentam sobrepreços e obras que podem não ficar prontas a tempo, águas poluídas para provas de remo e acusações de doping contra a Federação Russa. E acima de tudo, o vírus que está assustando espectadores e atletas", diz o ilustrador à New Yorker. "Trata-se do microcosmo perfeito para esse período de ansiedade que vivemos".

(Reprodução/New Yorker)

Recentemente, parte dos atletas vêm demonstrando preocupação com a contaminação por vírus. No grupo, destaca-se a goleira titular da seleção de futebol feminino dos Estados Unidos, Hope Solo.

Em tom de piada, a atleta postou fotos em suas redes sociais de um "kit" contra o mosquito Aedes que traria ao Brasil. "Se alguém na Vila Olímpica esquecer de levar repelente, venha me ver", disse ela.


Apesar de algumas agências norte-americanas e canadenses demonstrarem preocupação com o contágio pelo zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atestou que há um "risco muito baixo" de uma disseminação internacional maior do vírus devido aos Jogos Olímpicos, mesmo com o recente surto da doença.

"Os riscos não são diferentes para pessoas que irão para a Olimpíada do que para qualquer outra área onde há surtos de zika", disse David Heymann, presidente do comitê de especialistas da OMS em conferência com jornalistas.

Pesquisadores brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz e da Escola de Matemática Aplicada da FGV do Rio de Janeiro também chegaram a preparar um artigo com evidências científicas de que não há motivo para alterar as datas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos por esse motivo.

O artigo foi publicado na revista científica Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz, dizendo, por exemplo, que a atividade do Aedes aegypti é muito baixa no Rio de Janeiro nos meses de agosto e setembro, época dos jogos.

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