Brasil

Cantareira registra -9,3% da capacidade, segundo novo índice

Já pelo antigo índice, o reservatório está com 19,9%, o mesmo valor do dia anterior


	Sistema Cantareira: pelo novo cálculo, o volume das reservas técnicas é subtraído do volume armazenado, o que deixa o valor negativo
 (Divulgação/Sabesp)

Sistema Cantareira: pelo novo cálculo, o volume das reservas técnicas é subtraído do volume armazenado, o que deixa o valor negativo (Divulgação/Sabesp)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 13h44.

São Paulo - Após a Justiça de São Paulo determinar nesta quinta-feira, 16, que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgasse o índice negativo do Sistema Cantareira, a empresa passou a publicar também esse porcentual nos relatórios diários em seu site. Segundo o novo número, o principal manancial da Grande São Paulo opera com -9,3% da capacidade.

Já pelo antigo índice, o reservatório está com 19,9%, o mesmo valor do dia anterior - é o 75º dia sem queda.

O Cantareira opera desde julho de 2014 exclusivamente captando água do volume morto das represas, que fica abaixo do nível das comportas. Pelo novo cálculo, o volume das reservas técnicas é subtraído do volume armazenado, o que deixa o valor negativo.

A liminar foi concedida pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.

A Sabesp divulga ainda o porcentual do Cantareira considerando o volume útil acrescido do volume de reserva técnica. Nesse índice, adotado em março, o sistema se manteve estável com 15,4% nesta sexta-feira.

Na prática, tanto a metodologia que deixa o manancial com 19,9% quanto a que mostra 15,4% consideram o mesmo volume de água armazenada disponível. O que muda é a base de comparação.

Na primeira, o porcentual é resultado da divisão do volume armazenado pelo volume útil, que desconsidera o volume morto. Na segunda, a água disponível no manancial é comparada ao volume total, que traz a capacidade do Cantareira incluindo os dois volumes mortos.

Sobre a região do Cantareira, choveu apenas 0,6 milímetro nas últimas 24 horas. Nos 17 primeiros dias de abril, a precipitação acumulada é de 15,7 mm, somente 30% do esperado para o período caso a média histórica de 2,9 mm de chuva por dia estivesse se repetindo.

Outros mananciais. O único reservatório que registrou aumento do volume de água armazenada entre quinta-feira, 16, e esta sexta-feira foi o Alto Cotia, que, mesmo sem o registro de chuvas, subiu de 65% para 65,2%.

Já os Sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro se mantiveram estáveis em 22,1%, 83,3% e 45%, respectivamente. Por sua vez, o único manancial que caiu foi o Rio Grande, que teve queda de 0,2 ponto porcentual e passou de 96,5% para 96,3%.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstado de São PauloEstatais brasileirasSabespSaneamentoServiços

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho