Brasil

Cantareira pode secar em dois meses, admite chefe da Sabesp

“Se não chover, neste cenário atual, o sofrimento da população vai aumentar. Não tem como escapar disso”, afirmou o novo presidente da Sabesp em entrevista ao SPTV

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 16h23.

São Paulo – Se os índices pluviométricos continuarem abaixo da média histórica, o Sistema Cantareira pode secar até março deste ano, admitiu Jerson Kelman, novo presidente da Sabesp, em entrevista ao jornal SPTV, da Rede Globo.

Kelman confirmou a projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres (Cemaden) de que o sistema estaria próximo do esgotamento. Segundo ele, a Sabesp já estaria tomando medidas para evitar o desastre. 

“Em condições normais, se tira do Cantareira 31 mil litros de água por segundo para a Região Metropolitana. Ontem, saíram 16 mil. Eu já orientei para que saia 13 mil litros de água”, afirmou.

Na prática, isso significa que, com mais frequência, a água deve secar nas torneiras da Grande São Paulo.  “Se não chover, neste cenário atual, o sofrimento da população vai aumentar. Não tem como escapar disso”, disse.

A afirmação aconteceu minutos depois que o governador do estado, Geraldo Alckmin, admitiu pela primeira vez que existe racionamento de água em São Paulo. Ontem, a Justiça determinou a suspensão da multa por consumo excessivo de água até que o governo decrete oficialmente o racionamento.

Cantareira

Nesta quarta, o Sistema Cantareira opera com 6,3% da sua capacidade. Do início de janeiro até hoje, as represas do Cantareira receberam 59,6 mm de chuva. A média histórica para o mês é de 271,1 mm.

Projeção do Cemaden mostra que se a chuva nos próximos meses for de 10% da média histórica e mantidos os atuais níveis de extração da água, o Sistema pode se esgotar em março deste ano.

Caso a média de chuvas registrada em dezembro permaneça, as represas podem secar na primeira quinzena de junho de 2015.

Até agora, o volume de chuvas no mês de janeiro no Sistema Cantareira foi 22% da média histórica.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisServiçoscidades-brasileirasMetrópoles globaisSabespÁguaSão Paulo capitalCrises em empresasSecasSaneamento

Mais de Brasil

Lula veta mudanças na Lei da Ficha Limpa que reduziam tempo de inelegibilidade

Governo de SP investiga venda de bebidas adulteradas em bares na Mooca e no Jardins

Bolsonaro pode voltar ao hospital por crise de soluços, diz família

Fux decide que número de deputados por estado permanece o mesmo em 2026