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Cantareira e Alto Tietê sofrem forte queda nas reservas

A Sabesp encerra o mês de outubro registrando apenas 12,4% da reserva

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 12h45.

São Paulo - A Sabesp encerra o mês de outubro registrando apenas 12,4% da reserva do Sistema Cantareira, já considerando os 105 bilhões de litros referentes à segunda parcela do volume morto.

Considerando que esse montante corresponde a cerca de 10,4% da reserva total contabilizada, restam, da primeira cota, apenas 2%.

Apesar de outubro marcar, historicamente, o início do período úmido, em 2014 isso não aconteceu e o mês foi o mais seco em 84 anos do Sistema Cantareira, batendo o recorde de julho deste ano.

Desde 1930, os rios que alimentam os reservatórios não registravam uma vazão tão baixa, de 4 mil litros por segundo, apenas 14,8% da média histórica mensal - que passou a ser registrada naquela década.

Conforme dados divulgados pela Sabesp, a pluviometria acumulada no mês até hoje no sistema foi de 42,5 mm, apenas 32,5% da média histórica do mês, de 130,8 mm.

Em outros mananciais que atendem a Grande São Paulo, a situação é semelhante, com pluviometria significativamente abaixo da média histórica e novas quedas nos níveis dos reservatórios em relação ao mês anterior.

O Alto Tietê apresenta a condição mais crítica, aparecendo nesta sexta-feira, 31, com apenas 6,6% de volume armazenado, quase metade dos 12,9% verificados um mês atrás.

O sistema, que desde o início do ano tem sido demandado mais intensamente, compensando a queda no Cantareira, registrou chuvas de apenas 17,1% da média histórica.

A situação do sistema Guarapiranga também chama atenção. Embora seu índice seja significativamente mais alto em relação aos dois primeiros mananciais, salta aos olhos a forte queda do volume armazenado, de 12,8 pontos porcentuais, que passou de 52,1%, no fim de setembro, para 39,3%.

O sistema também passou a atender contingentes crescentes de população, anteriormente atendidos pelo Cantareira.

No Alto Cotia, que registrou pluviometria mais alta, de 51% da média histórica, a redução do volume armazenado foi menor, de 5,6 pontos porcentuais, para 30,1%.

Os sistemas com maior reservação, porcentualmente, são o Rio Grande, que passou de 77%, no final de setembro, para 69,1%, e Rio Claro, que agora tem 43,5%, ante os 61,8% um mês antes.

Diante da queda dos reservatórios, a expectativa fica por conta das chuvas de novembro. Conforme meteorologistas da Climatempo, uma frente fria que deve chegar no início do mês favorecerá a formação de áreas de instabilidade e propiciará chuvas volumosas durante alguns dias, inclusive na região do Cantareira.

Colaboraram Fabio Leite e Rafael Italiani

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