Cid Gomes: segundo ele, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), tem hoje 60 por cento de chances de se transformar no candidato tucano (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2013 às 19h34.
Brasília - Um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), afirmou nesta quarta-feira que nenhuma das principais candidaturas à Presidência está completamente definida e podem ocorrer mudanças nas cabeças de chapa no PSDB, no PSB e até mesmo no PT.
"Nenhuma candidatura está definida 100 por cento", disse o governador cearense a jornalistas nesta quarta na Câmara.
Segundo ele, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), tem hoje 60 por cento de chances de se transformar no candidato tucano ao Palácio do Planalto, já que sofre concorrência interna do ex-governador de São Paulo José Serra.
Aécio tem sido inclusive pressionado por uma ala do partido para antecipar o anúncio de sua candidatura para evitar essa concorrência com Serra. Até agora, ele tem negado essa possibilidade.
Já o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, teria 50 por cento de chances de confirmar a candidatura à Presidência. O cearense, que deixou o PSB e migrou para o recém criado PROS justamente por discordar das intenções de Campos, acredita que a ex-senadora Marina Silva poderá assumir a cabeça de chapa pelos socialistas.
Na avaliação de Cid, Campos poderá abrir mão da candidatura em favor de Marina caso ela continue mostrando melhor desempenho nas pesquisas eleitorais.
Campos tem dito que a definição da candidatura do PSB só ocorrerá no ano que vem, mas seus aliados mais próximos negam que haja possibilidade dele abrir mão em favor de Marina, que só se aliou aos socialistas depois que o seu partido, o Rede Sustentabilidade, não recebeu o registro da Justiça Eleitoral para disputar as eleições de 2014.
O governador cearense não tem certeza nem mesmo sobre a candidatura à reeleição de Dilma, que estaria 90 por cento confirmada na cabeça de chapa. Cid argumentou que ainda há pelo menos 10 por cento de petistas que preferem a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No começo deste ano, Lula disse publicamente que não disputará com Dilma a preferência do partido para as eleições do próximo ano. Mesmo assim, há pessoas do partido que defendem sua volta em 2014.