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Candidatos mais ricos venceram em SP, MG e SC

Os três candidatos a prefeito mais ricos do Brasil venceram as eleições em suas respectivas cidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina


	Eleições: candidato de SC foi eleito com discurso de "bom gestor"
 (Tânia Rego/Agência Brasil)

Eleições: candidato de SC foi eleito com discurso de "bom gestor" (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 09h05.

Os dois candidatos a prefeito com maior patrimônio na eleição de 2016 movimentaram a maior quantidade de recursos em suas respectivas cidades e venceram as disputas.

O terceiro mais rico também ganhou, apesar de ter sido o segundo colocado no ranking das receitas.

O mais rico dos candidatos a prefeito, segundo as declarações oficiais de bens à Justiça Eleitoral, foi Airton Garcia (PSB), de São Carlos, no interior de São Paulo, com patrimônio de R$ 439,7 milhões. Ele arrecadou 38% dos recursos aplicados nas campanhas da cidade, e venceu a eleição com 40% dos votos.

Dos R$ 251 mil que Garcia declarou ter arrecadado, R$ 191 mil (76%) saíram de seu próprio bolso. Segundo ele, o dinheiro foi gasto majoritariamente com impressão em gráficas e com a produção de TV dos programas eleitorais.

"Eu não montei um comitê de campanha e nem contratei nenhum pessoal", disse Garcia, que, diferentemente do que informa o Tribunal Superior Eleitoral, sustenta que sua campanha foi a que menos arrecadou dinheiro na cidade.

Em Minas Gerais, Vittorio Medioli (PHS) declarou R$ 352,6 milhões de patrimônio e foi eleito prefeito de Betim (MG). Ele arrecadou 68% dos recursos de campanha na cidade e teve 62% dos votos.

'Gestor'

Terceiro prefeito eleito mais rico do País, com patrimônio declarado de R$ 280,5 milhões, o empresário Antídio Lunelli (PMDB) venceu em Jaraguá do Sul, cidade do norte catarinense a 180 quilômetros de Florianópolis, após se candidatar pela primeira vez a um cargo público. Ele foi, no entanto, o segundo no ranking de arrecadação na cidade, com 37%. Teve 45% dos votos.

Assim como o tucano João Doria em São Paulo, Lunelli adotou o discurso de que resolverá os problemas do município catarinense aplicando, à frente da administração pública, sua experiência de gestor.

"O povo elegeu um empresário gestor. A população está cansada só de políticos de carreira. Acho que esta é a era dos empresários (na política)", disse o prefeito eleito ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ao citar seu patrimônio, Lunelli afirma que ser um dos prefeitos eleitos mais ricos do Brasil gera uma imagem positiva. "Mostra que eu não tenho nada a esconder e que não dependemos do setor público", disse, se referindo também a seu vice, o empresário Udo Wagner - que já havia exercido um mandato na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e declarou bens no valor de R$ 4,8 milhões.

Dono de um grupo com 16 fábricas do setor têxtil, Lunelli usou a propaganda na internet durante a campanha para contar sua história de sucesso na vida privada, ressaltando que começou a trabalhar cedo e veio de uma família "muito simples", assim como Doria fez em seus programas eleitorais.

"A interferência (da experiência) na administração privada vai começar a mudar um pouco as metas da administração pública. Existem os que já estiveram por muitos e muitos anos na política e não fizeram a diferença que deveriam ter feito, chegando ao ponto de quebrar o País", afirmou o prefeito eleito.

Lunelli venceu com 37.957 votos e superou Ivo Konell (PSB), político tradicional na cidade - já foi prefeito e deputado estadual.

Filiado ao PMDB desde 2011, o prefeito eleito de Jaraguá do Sul defende o governo do presidente Michel Temer. "Espero que ele encaminhe a o Congresso as reformas de que tanto precisamos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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