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Candidato a presidente da Câmara, Ramalho promete que votará reformas

Deputado garantiu que propostas serão colocadas na pauta da casa Legislativa independente do apoio do governo

Ramalho: Deputado disse que votará propostas sem "toma lá dá cá" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Ramalho: Deputado disse que votará propostas sem "toma lá dá cá" (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 20h00.

São Paulo - O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) esteve nesta segunda-feira, 7, no Palácio do Planalto para apresentar sua candidatura ao comando da Câmara ao presidente Jair Bolsonaro. Na saída, ele relatou que se comprometeu com Bolsonaro a votar as reformas, especialmente a da Previdência, independentemente do apoio do governo.

"Eu vim dizer ao presidente que votarei pelas reformas de graça, sem toma lá, dá cá", afirmou. Foi uma indireta de Ramalho, que hoje ocupa a vice-presidência da Câmara, para concorrentes. Na entrevista, o deputado disse que tem "bastante" votos no PSL, partido do presidente. O partido declarou oficialmente apoio a Rodrigo Maia (DEM). "Eu não vendo o que não posso entregar, e ele (Bolsonaro) concorda que tenho palavra."

Questionado sobre a resposta de Bolsonaro em relação a suas declarações, o deputado respondeu que o presidente não lhe garantiu nem lhe negou apoio. Referindo-se a Maia, Ramalho disse que o colega "vendeu para o mundo inteiro" que faria as reformas no governo Michel Temer e não fez. "A gente tem uma panelinha lá, e com panelinha não se aprova nada".

Ramalho apareceu no Palácio com uma bolsa e uma sacola para presentear Bolsonaro com queijo, linguiça, sorvete de queijo, manteiga de garrafa, azeite, pé de moleque. Bolsonaro abriu os quitutes e os degustou na frente do deputado, relatou. A uma pergunta se ele estava sugerindo que Rodrigo Maia estaria fazendo negociação para se reeleger e garantir a aprovação das reformas, ele respondeu: "Não estou sugerindo, é só ver o que aconteceu no governo Temer, que entregou muitos ministérios e não recebeu nada", observou.

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