Roberto Campos Neto: espaço remanescente para queda dos juros "é incerto e deve ser pequeno" (Amanda Perobelli/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de julho de 2020 às 12h06.
Última atualização em 8 de julho de 2020 às 14h06.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, exibiu em apresentação nesta quarta-feira dados que seguem apontando melhora, no início de julho, nas vendas do varejo e um impacto menos negativo para a indústria em meio à crise com o coronavírus.
Em apresentação divulgada pela assessoria de imprensa por ocasião de reunião com embaixadores da União Europeia, Campos Neto usou gráfico de vendas no varejo apontando crescimento para bens não duráveis no período de 28 de junho até 4 de julho --o que não havia ocorrido até aqui.
Ele repetiu que dados preliminares indicam alguma recuperação no varejo, exceto para serviços.
Já em relação à indústria de manufaturas, a mensagem continuou sendo de que há diferentes trajetórias de queda e recuperação nos setores, mas com variações no consumo de energia elétrica em geral mais positivas do que em apresentação do BC de 29 de junho.
Em relação à Selic, o presidente do BC reiterou que um eventual ajuste futuro no grau de estímulo monetário será residual e que o espaço remanescente para queda dos juros "é incerto e deve ser pequeno".