Governador de Pernambuco, Eduardo Campos: programa partidário do PSB questiona "onde está aquele País que há uns anos atrás despertou a admiração do mundo" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 19h43.
Brasília - Fora da base governista há menos de um mês, o PSB do governador de Pernambuco Eduardo Campos se apresenta na noite desta quinta-feira, 10, ao eleitor como alternativa para a disputa presidencial de 2014. No programa, que traz a nova aliada Marina Silva, Campos diz que é hora de dar "um salto adiante", abrir espaço para as novas lideranças e "limpar" a política brasileira.
Com um discurso claro de oposição, o programa partidário do PSB questiona "onde está aquele País que há uns anos atrás despertou a admiração do mundo", aponta a volta da preocupação com a inflação e critica o "poder que não fala a língua do povo". O presidenciável diz que é preciso admitir que o Brasil trilha um caminho que "já deu o que tinha de dar", mas que não se pode perder de vista o combate à miséria e à emancipação do cidadão. O programa ataca também as deficiências do governo federal, como falta de remédios e equipamentos na área da Saúde, e alfineta os que "governam sem ouvir o cidadão".
Apresentando-se como presidente do PSB e governador melhor avaliado no País, Campos relata seus feitos no combate à violência em Pernambuco. "O objetivo (da política de segurança pública) não é cuidar da imagem do governo, o objetivo é mudar a vida das pessoas para melhor", alfineta Campos.
O presidenciável - que dá espaço apenas para a deputada federal de São Paulo Luiza Erundina e para o discurso de Marina Silva no dia do anúncio da coligação entre a Rede Sustentabilidade e o PSB - enfatiza que é preciso abandonar as velhas "práticas políticas" e atrair novos nomes. "É hora de reunir as boas ideias e as boas pessoas". Campos, que foi ministro do governo Lula, acrescenta que é hora de dar um basta ao discurso de que "no passado já foi pior".
Ao final de 10 minutos de propaganda, Campos insiste que o PSB quer ser o caminho para levar o País para "dias melhores". "Dá para fazer e tem que fazer limpando a política", defende.