Brasil

Campos e Marina defendem conquistas de ex-presidentes

Governador de Pernambuco e e-senadora defenderam conquistas obtidas nas gestões de FHC e de Lula como pilares do programa de governo

Marina Silva e Eduardo Campos: aliados reconheceram estabilidade como conquista de FHC e inclusão social como marca de Lula (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marina Silva e Eduardo Campos: aliados reconheceram estabilidade como conquista de FHC e inclusão social como marca de Lula (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 16h50.

São Paulo - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva defenderam as conquistas obtidas nas gestões de FHC e de Lula como pilares do programa de governo que ambos começaram a discutir nesta segunda-feira em encontro entre PSB e Rede Sustentabilidade.

Os aliados reconheceram a estabilidade econômica como conquista do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso e a inclusão social como marca da administração do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

"As conquistas não podem ser de governos ou partidos", disse Marina em entrevista coletiva ao lado de Campos no intervalo de um encontro entre integrantes do PSB e da Rede Sustentabilidade, partido que Marina buscava criar para disputar a eleição do ano que vem, mas que não conseguiu registro junto à Justiça Eleitoral.

"(As conquistas) têm de ser da sociedade", acrescentou a ex-senadora, que se filiou ao PSB e firmou uma aliança com Campos após a rejeição do pedido de registro da Rede.

"Nossa visão é de proteger essas conquistas e tornar isso um ponto central do nosso programa", disse Campos.

Membros da Rede e do PSB reuniram-se nesta segunda em São Paulo para iniciar as discussões sobre um programa de governo que pode ser concluído até dezembro.

Havia a expectativa da divulgação de um documento que apontaria o que Rede e PSB consideram como os cinco principais problemas do Brasil, o que não ocorreu.

Ainda não há uma definição oficial de quem será o candidato do PSB à Presidência depois da filiação da ex-senadora ao partido.

Campos, que preside o PSB, no entanto, é apontado como favorito para encabeçar a chapa da sigla ao Palácio do Planalto, embora Marina apareça mais bem colocada nas pesquisas de intenção de voto.


Para aliados do governador pernambucano isso se deve ao fato de Marina ser mais conhecida por ter disputado a eleição presidencial de 2010.

Eles apostam na transferência de votos da ex-senadora para o presidente do partido e no baixo conhecimento que ele tem entre o eleitorado como provas de que Campos tem espaço para crescer.

A aliança entre Campos e Marina foi anunciada como alternativa para romper a polaridade PT-PSDB.

Aliança Programática

Tanto Campos quanto Marina repisaram por várias vezes o mantra de que formam uma aliança programática e não uma parceria baseada na distribuição de cargos, como ocorre no que ambos chamam de "velha política".

A dupla, inclusive, defendeu a coalizão que apoia o governo Campos em Pernambuco, que conta com 14 partidos e que, segundo o governador, não é uma aliança pragmática.

"Ganhei a reeleição com 83 por cento dos votos", disse Campos, lembrando que é o governador mais bem avaliado do Brasil, apesar de estar no sétimo ano de governo e de seu Estado ter sofrido recentemente com a seca.

Marina acrescentou que "se fosse uma gestão puramente fisiológica, não seria o governador mais bem avaliado do país".

Embora Campos tenha afirmado que primeiro será definido o plano de governo para só depois desenhar a estratégia eleitoral, ele reconheceu que conversas com alguns partidos já têm ocorrido, como com o PPS, presidido pelo deputado federal Roberto Freire (SP).

"Sexta-feira eu conversei com Roberto Freire, tive uma conversa com ele, foi muito positivo e vamos seguir conversando", disse.

A falta de estrutura é apontada por analistas e até mesmo por adversários e correligionários de Campos como ponto fraco da aliança com Marina. Caso não fechem alianças com outras siglas, a dupla deve ter pouco tempo de TV e baixa estrutura nos Estados.

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