Presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos: "questão dos palanques vamos deixar para afunilar o debate em 2014", observou (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2013 às 20h24.
Recife - Presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou, nesta quarta-feira, 23, que o partido ainda não definiu estratégia em relação aos palanques estaduais, nem se haverá estímulo ao lançamento de candidaturas próprias.
"A questão dos palanques vamos deixar para afunilar o debate em 2014", observou, ao adiantar que "aonde já tem um caminho claro e consistente, estamos evoluindo; onde ainda há dúvidas, vamos esperar esse debate de conteúdo que estamos fazendo que é o que mais nos anima neste instante".
Na entrevista, ao vistoriar obras de um parque estadual na zona norte do Recife, Campos aproveitou para reforçar seu discurso de presidenciável: "estamos fazendo o debate do que é possível fazer para o Brasil retomar um crescimento com sustentabilidade, para que possa prover serviços públicos com mais inovação na máquina pública, com mais qualidade para o brasileiro".
"Tudo isso será o centro do debate político no próximo ano e este centro é o que nos interessa neste momento".
Ele concordou com a ex-senadora Marina Silva, que declarou que o PSB, antes apoiado por forças conservadoras, entrou numa nova diapasão de forças políticas porque se aliou à Rede. "Isto é uma constatação de um processo que fizemos juntos", afirmou ao ser indagado se havia ficado magoado com a declaração da aliada. "No dia que fizemos a aliança já falávamos isso, ela só veio reafirmar o que estava dito por nós mesmos".
"É bom que a gente possa fazer uma aliança para todos crescerem, num processo, como disse (no dia da formalização da aliança PSB-Rede), em que íamos aprender com a Rede e a Rede iria aprender conosco".
O governador não comentou o levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo apontando que a presidente Dilma Rousseff tem feito mais pronunciamentos em rede de rádio e televisão do que seus antecessores.
"Sinceramente não fiz nenhuma análise da frequência que a presidente está usando este instrumento, que é constitucional", disse. "Importante é a análise do conteúdo, mas não tenho nenhuma informação estatística que leve a uma conclusão neste momento".