Brasil

Campos diz que chegou a hora de julgar Dilma

Pré-candidato afirmou nesta quarta-feira que "lamenta profundamente" que a presidente não tenha conseguido entregar aquilo que se comprometeu a fazer

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República, fala durante entrevista em São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República, fala durante entrevista em São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 20h42.

Porto Alegre - O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou nesta quarta-feira que "lamenta profundamente" que a presidente Dilma Rousseff não tenha conseguido entregar aquilo que se comprometeu a fazer.

"Uma gestão mais própria, política limpa e mais decente, com gente comprometida com os princípios republicanos", enumerou, em coletiva de imprensa na cidade de Porto Alegre.

"Eu lamento que ela não tenha conseguido (entregar essas questões), mas chegou a hora de julgar isso."

Campos fez uma analogia à situação de um aluno na escola, que estuda, mas não consegue responder às questões na prova.

"Você tem que ter coragem de dar a nota a ele, para o bem dele, para que talvez ele entenda que, repetindo aquela matéria, pode aprender", explicou.

O pré-candidato também afirmou que, apesar de tecer críticas ao PT, não está "torcendo" contra o Brasil.

"Para a nossa candidatura dar certo, não precisa nada dar errado no Brasil. Vamos torcer a favor, para que a inflação diminua, o País cresça, a seleção brasileira ganhe (a Copa do Mundo)", revelou. "Já deu muita coisa errada no Brasil, não vamos torcer contra."

Segundo Campos, independentemente da opinião dos brasileiros sobre a realização da Copa e as possíveis manifestações que podem ocorrer durante o torneio, os cidadãos já tomaram a sua decisão com relação ao futuro político do Brasil.

"A população vai mudar o governo que está aí. A população tem um raciocínio bem simples: este governo já está ai há doze anos, agora tem que mudar", disse. "O povo já sabe que quer mudança, ainda não sabe o nome e o número da mudança, mas vai saber."

Ele participou de entrevista ao lado do pré-candidato peemedebista ao governo do Estado, José Ivo Sartori.

No Rio Grande do Sul o PSB formou coligação com o PMDB, que apoia Dilma Rousseff no plano nacional, e indicou o deputado Beto Albuquerque, presidente regional do partido, para a vaga ao Senado.

Durante o dia, Campos cumpriu agenda na Região Metropolitana de Porto Alegre.

São Paulo

Campos afirmou também que a participação do PSB nas eleições de São Paulo não será definida antes da convenção estadual do partido, marcada para o dia 21 de junho.

"Estão sendo realizados congressos municipais neste fim de semana, onde as diferentes teses estarão em debate", disse em entrevista coletiva na capital gaúcha.

Segundo Campos, haverá aqueles que defenderão a candidatura própria, coincidindo com a posição oficial do diretório nacional, que apoia o nome de Márcio França para concorrer em SP, e haverá outros que defenderão as "alianças que estão sendo colocadas".

Uma das alianças em discussão, ele disse, é com o atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB).

"Mas o fechamento disso será no dia 21, antes não dá para ter uma solução", disse.

Campos lembrou da preferência do PSB nacional pela candidatura própria em São Paulo, mas reconheceu a dificuldade de consolidar uma chapa sólida em torno do nome de Márcio França com a participação dos partidos aliados do PSB no âmbito nacional.

"Colocamos lá atrás a preferência pela candidatura do Márcio França, mas, quando colocamos isso, achávamos que seria possível colocar os partidos aliados à frente dessa candidatura. Até agora isso não foi possível", afirmou.

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