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Disputa eleitoral não afeta relação com Lula, diz Campos

"Foi assim em 2012, vai ser assim em 2014", afirmou ele, ao lembrar que em 2012 os dois partidos estiveram em palanques diferentes pela prefeitura do Recife


	Lula, Eduardo Campos e Dilma: "não estamos tratando de eleição de 14 ainda", frisou Campos, ao ser indagado se entendia como "recado" a fala do ex-presidente
 (Ricardo Stuckert//Presidência da República)

Lula, Eduardo Campos e Dilma: "não estamos tratando de eleição de 14 ainda", frisou Campos, ao ser indagado se entendia como "recado" a fala do ex-presidente (Ricardo Stuckert//Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 20h44.

Recife - O governador de Pernambuco e possível candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB) garantiu nesta quarta-feira, 30, que a disputa eleitoral, com o PSB e o PT em campos opostos, não vai afetar a boa relação que mantém com o ex-presidente Lula. "Foi assim em 2012, vai ser assim em 2014", afirmou ele, ao lembrar que em 2012 os dois partidos estiveram em palanques diferentes pela prefeitura do Recife e a relação foi preservada.

"Não estamos tratando de eleição de 14 ainda", frisou, ao ser indagado se entendia como "recado" a fala do ex-presidente, nesta quarta, na Câmara, quando disse que os companheiros de Pernambuco o aguardassem. "Logo, logo estarei lá", avisou o ex-presidente. No dia anterior Lula havia dito que Eduardo Campos não tinha noção da encrenca em que tinha se metido ao se aliar com Marina.

"Tenho uma relação com o presidente Lula que vai além das questões conjunturais e eleitorais", reiterou. "Esta relação ficou inteiramente preservada quando tivemos situação de palanques que não eram os mesmos e nem por isso deixamos de ter relação de grande respeito, que continua viva".

Sobre a opinião do ex-presidente de que Marina representa "encrenca", reagiu bem humorado: "Fica tranquilo, isso vai dar tudo certo", disse rindo.

Ele destacou que a própria Marina, no encontro PSB-Rede, na segunda-feira, 28, em São Paulo, deixou clara a necessidade de se guardar as relações de respeito e poder olhar o interesse do País.

"Temos 20 anos de janela demográfica para organizar as coisas no Brasil se não quisermos perder este século", alertou. "E isto exige de cada um de nós um debate muito mais profundo do que o debate das brigas eleitorais". Campos observou que o mundo está mudando, que os paradigmas estão mudando e que ainda há o rescaldo da maior crise do capitalismo em curso na vida dos grandes blocos econômicos. "Não podemos mergulhar o País em um debate medíocre, de ódio, de raiva de pessoas, de disputas que não sejam disputas de visão".

A viagem de nove dias que inicia nesta quinta-feira, 31, para a Inglaterra e Alemanha é, segundo ele, "agenda de trabalho de governo", sem conotação política. O governador explicou ter recebido autoridades dos dois países em Pernambuco, tanto corpo diplomático como empreendedores, o que demandou "esta agenda para que a gente possa ter novidades nesse próximo encontro de trabalho".

Ele vai acompanhado dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni, e de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo. "Será uma programação intensa", antecipou.

O governador falou com a imprensa depois de assinar ordem de serviço de requalificação da BR-101 em um trecho de 30,7 quilômetros e implantação de corredor exclusivo para ônibus, beneficiando o Recife e os municípios metropolitanos de Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima e Paulista. No discurso, agradeceu a parceria com o governo federal, responsável por um terço dos recursos da obra de mobilidade que foi planejada desde 2007.

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