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Campinas pode ter apoio do Exército no combate à dengue

Desde o início do ano já foram confirmadas 2793 ocorrências da doença, das quais dois terços se concentram na região Noroeste


	Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue: na Região Metropolitana de Campinas, estão concentrados 25% dos casos de dengue de todo o Estado
 (James Gathany/Wikimedia Commons)

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue: na Região Metropolitana de Campinas, estão concentrados 25% dos casos de dengue de todo o Estado (James Gathany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 20h27.

Campinas - Na tentativa de frear a quarta maior epidemia de dengue na cidade desde 1998, a prefeitura de Campinas vai solicitar o apoio do Exército no trabalho de eliminação dos focos da doença. Além disto, o prefeito Jonas Donizette informou nesta quinta-feira, 03, que vai recorrer a uma ação civil pública na Justiça que garanta a vistoria nos imóveis das áreas de risco.

Desde o início do ano já foram confirmadas 2793 ocorrências da doença, das quais dois terços se concentram na região Noroeste. E, além disso, 100 pacientes apresentam sinais de alerta, ou seja, sintomas mais graves.

Outras 5949 suspeitas estão sendo investigadas. Na Região Metropolitana de Campinas, (onde já confirmadas três mortes - em Sumaré e em Americana), segundo o prefeito, estão concentrados 25% dos casos de dengue de todo o Estado de São Paulo.

De acordo com Donizette, a decisão de apelar à Justiça é necessária uma vez que 49 mil imóveis que deveriam ter sido vistoriados não tiveram a entrada dos agentes de Saúde liberada.

No combate à doença, 100 homens do Exército, além de 30 da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) trabalharão no combate ao mosquito transmissor, inclusive com reforço nas ações de nebulização. As ações estão previstas para começar na região mais afetada no dia 9 de abril. O trabalho incluirá também a vedação de caixas d' água e a remoção de focos.

As autoridades de Saúde de Campinas estão em alerta porque, historicamente, é em abril que a cidade costuma registrar a maior incidência da doença. E ainda pelo fato de, neste ano, as confirmações darem conta da prevalência da dengue do tipo 1, a mais grave, e que não circulava no município desde os anos 90, segundo Brigina Kemp, diretora de Saúde de Campinas.

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