Campinas é a quarta cidade mais cara para se viver no Brasil (Germano Lüders/Exame)
Clara Cerioni
Publicado em 19 de junho de 2020 às 20h08.
Última atualização em 19 de junho de 2020 às 21h12.
A prefeitura de Campinas vai publicar no Diário Oficial deste sábado, 20, um decreto que determina o fechamento de comércio de rua e de shoppings, como medida de combate ao coronavírus. A determinação tem validade por uma semana, a partir de segunda-feira, 22.
A cidade tem 5.228 casos confirmados e 203 mortes por covid-19. Nos últimos dois dias, os casos aumentaram em 502, o que representa quase 10% do total.
Além de fechar novamente o comércio, a prefeitura também vai suspender todas as cirurgias eletivas da rede privada de saúde. A rede pública já tinha suspendido os procedimentos.
A cidade está na fase 2 do Plano São Paulo, elaborado pelo governo do estado e que estabelece níveis de relaxamento da quarentena, sendo o 1 o mais severo e o 5, de abertura total. Na fase 2 há a possibilidade de abertura de comércio de rua e shoppings, com capacidade de 20%.
O prefeito, Jonas Donizette, disse em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 19, que a medida foi tomada porque houve um aumento na ocupação dos leitos de UTI na cidade. A taxa de ocupação está em 72%, com 268 pessoas internadas.
Segundo o secretário da Saúde do município, Carmino de Souza, ontem foram adicionados ao sistema de saúde mais 28 leitos de UTI e hoje mais 23. Mas o aumento não foi suficiente para acompanhar a demanda.
De acordo com o governo do estado, Campinas e Sorocaba registram um problema específico de aumento na ocupação de UTI, somente nas cidades, e não na região como um todo. Com isso, elas seguem na fase laranja, mas foi emitida uma nota técnica para os dois municípios e, caso entendam que seja necessário, os prefeitos podem determinar medidas mais restritivas.
O governo de São Paulo mudou a fase da quarentena de duas regiões do interior do estado nesta sexta-feira, 19.
Marília e Vale do Ribeira regrediram da fase 2 (laranja), que permite reabertura de comércio com 20% da capacidade com horário limitado, para a fase 1 (vermelha), em que somente os serviços essenciais podem funcionar.