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Campinas está em alerta com 16 casos de microcefalia

A microcefalia é detectada quando o bebê nasce com o perímetro da cabeça igual ou inferior a 32 centímetros após nove meses de gestação


	Pé de bebê recém-nascido: o número de crianças nascidas com a má-formação subiu de 10 para 16, conforme boletim divulgado na segunda-feira, 4
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Pé de bebê recém-nascido: o número de crianças nascidas com a má-formação subiu de 10 para 16, conforme boletim divulgado na segunda-feira, 4 (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 16h30.

Sorocaba - O aumento nos casos de bebês com microcefalia preocupa a população e põe em alerta a saúde em Campinas, interior de São Paulo.

O número de crianças nascidas com a má-formação subiu de 10 para 16, conforme boletim divulgado na segunda-feira, 4.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Carmino Antonio de Souza, apesar da preocupação, não foi estabelecida relação da microcefalia com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

"Não estamos excluindo uma possível associação porque o Ministério de Saúde ainda não definiu os critérios para a exclusão", disse.

Os casos foram registrados a partir de outubro do ano passado e, em cinco deles, as gestantes são de cidades da região - quatro de Sumaré e uma de Hortolândia - mas deram à luz em Campinas.

A microcefalia é detectada quando o bebê nasce com o perímetro da cabeça igual ou inferior a 32 centímetros após nove meses de gestação.

De acordo com o secretário, como a má-formação não era de notificação obrigatória, não é possível saber se o número atual de casos está acima do normal e em que porcentual.

Em Campinas, nascem cerca de 21 mil crianças por ano. Conforme dados do Ministério da Saúde, em 2014 foram confirmados 39 casos de microcefalia em todo o Estado de São Paulo.

Souza lembra que ainda não houve caso confirmado de zika vírus na cidade. "O que o problema da zika está nos ajudando é no sentido de fazer com que a população se preocupe mais com o mosquito."

Segundo ele, os agentes de saúde passaram a ter mais facilidade para entrar nas casas e a população se mostra mais conscientizada em relação aos riscos do Aedes, que também transmite a dengue e a chikungunya.

"Criamos uma comissão para trabalhar toda essa questão junto com as universidades", disse.

Especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estudam o zika vírus e a forma de transmissão pelo mosquito, além de substâncias naturais que possam substituir inseticidas químicos.

Os estudos, em parceria com a unidade da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, incluem maior ou menor resistência das pessoas ao zika vírus.

O Ministério da Saúde informou que orienta os municípios a notificarem os casos em que a microcefalia pode ter relação com o zika vírus, pelo fato de a gestante ter apresentado sintomas ou proceder de região com circulação do vírus, ou ainda quando outras possíveis causas da má-formação são descartadas.

Nesses casos são recomendadas ações de bloqueio do vírus, exames em laboratórios credenciados e acompanhamento dos pacientes.

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