Brasil

Campeã em 2018, dupla africana retorna ao topo da São Silvestre

O etíope Belay Bezabh e a queniana Sandrafelis Chebet repetiram a dobradinha de 2018 e venceram as disputas da elite masculina e feminina, nas ruas de São Paulo

Brasil vai ao pódio com dois atletas no masculino e três no feminino. (Carla Carniel/Reuters)

Brasil vai ao pódio com dois atletas no masculino e três no feminino. (Carla Carniel/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de dezembro de 2021 às 12h35.

A 96ª edição da Corrida de São Silvestre consagrou dois novos bicampeões. Nesta sexta-feira (31), o etíope Belay Bezabh e a queniana Sandrafelis Chebet repetiram a dobradinha de 2018 e venceram as disputas da elite masculina e feminina, respectivamente, nas ruas de São Paulo.

Chebet imprimiu um ritmo forte desde o início da corrida e pouco foi ameaçada pela compatriota Yenenesh Dinkesa, que chegou em segundo. A bicampeã cruzou a linha de chegada na Avenida Paulista com tempo de 50 minutos e seis segundos, um minuto e 20 segundos à frente de Dinkesa. Os outros três lugares do pódio foram ocupados por brasileiras. Jenifer do Nascimento concluiu a prova em terceiro lugar (53 minutos e 32 segundos), melhor desempenho de uma fundista do país desde 2010, seguida por Valdilene dos Santos e Franciane dos Santos.

"Essa prova é muito disputada, sempre com estrangeiras, então fazia um tempo que não tinha brasileira no pódio. Desta vez, subiram três, então fica pra história. É um marco. Estou muito feliz mesmo, porque a gente está aqui para representar bem o país", celebrou Jenifer, em entrevista coletiva.

Na prova masculina, Daniel Ferreira do Nascimento encarou Bezabh durante boa parte dos 15 quilômetros de percurso, mas sentiu o desgaste no fim. Melhor para o etíope, que finalizou a corrida em 44 minutos e 54 segundos, somente 15 segundos à frente do brasileiro, que repetiu o resultado de 2019 e voltou a ser o melhor atleta do país na São Silvestre. A diferença é que, há dois anos, ele chegou em 11º lugar. Agora, foi vice-campeão. José Márcio Leão da Silva ficou em quinto e também foi ao pódio.

"Fui para o Quênia treinar e buscar evolução. [Em 2021] Fiz minha estreia na maratona, alcancei índice olímpico [para os Jogos de Tóquio, no Japão], voltei ao Quênia, consegui fazer a segunda melhor marca do Brasil em uma maratona [em Valência, na Espanha]. Foi um dos meus melhores anos e acredito que possa evoluir ainda mais. Tenho que ficar no meio dos campeões e pensar nos Jogos Olímpicos [de Paris, na França, em 2024], pois o sonho é chegar lá entre os três melhores do mundo. Sou jovem, vivo um momento bom, então acho que, com sabedoria e disciplina, tudo dá certo", destacou Daniel, também em coletiva.

Por fim, na disputa entre cadeirantes, as vitórias foram de Leonardo de Melo entre os homens (48 minutos e 41 segundos) e de Josiane Nowicki no feminino (55 minutos e 35 segundos). Josiane, inclusive, ficou em segundo na classificação geral da categoria, superando também os demais corredores do masculino.

O evento reuniu cerca de 20 mil corredores, entre amadores e profissionais. Devido à pandemia da covid-19, que suspendeu a realização em 2020, a prova foi disputada obedecendo a protocolos sanitários, com obrigatoriedade do uso de máscara na concentração, na largada e na chegada e recomendação de que a mesma fosse mantida no rosto durante a corrida, se possível. Os atletas tiveram que apresentar o comprovante de vacinação contra o coronavírus para competir na São Silvestre.

Acompanhe tudo sobre:sao-paulo

Mais de Brasil

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo