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Campanha de vacinação contra gripe deve atingir 54 mi de pessoas

Este ano, os professores das redes pública e privada foram incluídos entre os alvos prioritários da campanha

Vacinas: uma das metas é atingir 90% da população considerada de risco para complicações por gripe (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Vacinas: uma das metas é atingir 90% da população considerada de risco para complicações por gripe (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de abril de 2017 às 14h21.

O Ministério da Saúde lançou hoje (13), em Brasília, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A mobilização começará um pouco mais cedo em relação ao ano passado, tendo início na próxima segunda-feira (17) e se estendendo até o dia 26 de maio.

No período, o Ministério da Saúde estima que 54,2 milhões de pessoas serão vacinadas em todo o país. Uma das metas é atingir 90% da população considerada de risco para complicações por gripe.

Este ano, os professores das redes pública e privada foram incluídos entre os alvos prioritários da campanha.

A partir de segunda, os professores poderão se dirigir aos postos de saúde com o documento de identificação, mas nos dias 2 e 3 de maio a vacinação dos docentes ocorrerá nas escolas. A estimativa do Ministério da Educação é de que 2,3 milhões professores devem ser vacinados.

"Os professores sempre solicitaram inclusão no grupo preferencial, pelo fato de terem contatos com dezenas de alunos diariamente e estarem mais expostos à contaminação", explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Idosos, trabalhadores de saúde, crianças de seis meses até 5 anos, gestantes, mulheres no período pós-parto, indígenas, população privada de liberdade, inclusive os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e pessoas com doenças crônicas continuam como público-alvo da vacinação.

O principal objetivo da campanha é reduzir as hospitalizações e a ocorrência de mortes relacionadas à influenza. Segundo o Ministério da Saúde, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de internações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe.

Desde 2009, quando teve início a epidemia de gripe, a maior incidência foi no ano passado. O Ministério da Saúde lembrou que, em 2016, houve uma antecipação da ocorrência de infecções, a partir de janeiro, e mais de 2.200 pessoas morreram por problemas relacionadas à gripe.

Mortes têm queda

O primeiro trimestre deste ano registrou número bem menor de casos com 48 casos de óbitos, mas o ministério alerta para a chegada da estação fria e seca e orienta que as pessoas busquem se imunizar o quanto antes para garantir a proteção efetiva.

"Por mais que estejamos numa sazonalidade tranquila, com a ocorrência de poucos casos, é importante que a população não deixe para vacinar no fim da campanha, reduzindo as chances de ficar protegida", disse Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

A vacina protege contra os três principais tipos de vírus que circularam em 2016 nos países do hemisfério sul. A duração da vacina é de um ano. O ministério ressalta que as reações adversas são leves e que a única contraindicação é para pessoas alérgicas a ovo.

O Dia D de mobilização nacional será no dia 13 de maio, quando 84% das doses já estarão disponíveis na rede pública de saúde. Ao todo, os 65 mil postos de saúde do país receberão 60 milhões de doses, número 11% maior que o distribuído em 2016.

Cuidados podem evitar transmissão do vírus

Além de buscar a imunização, o Ministério da Saúde recomenda à população que adote cuidados simples para evitar a transmissão do vírus.

As principais orientações são: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes bem ventilados e evitar a permanência em locais com aglomeração.

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