O economista afirmou que um eventual governo de Ciro não focaria nas desestatizações (Andre Coelho/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de agosto de 2022 às 17h12.
Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 17h22.
Pelas regras do novo marco legal do saneamento, em vigor desde 2020, as empresas precisam garantir o atendimento de água potável a 99% da população e o de coleta e tratamento de esgoto a 90% até 2033. Keller ponderou que a meta atual já é bastante ambiciosa, mas que o tema é estudado na campanha de Ciro.
Para o setor de saneamento, o economista também afirmou que o programa do pedetista quer aproveitar a alta demanda por investimentos gerada pelo marco legal para desenvolver a cadeia de produção do mercado de água e esgoto.
"Nossa cadeia produtiva não comporta o fornecimento de materiais necessários para universalização. Então surge a oportunidade de desenvolver a cadeia de produção do saneamento. Então a ideia é, sim, foco total no cumprimento do novo marco, que é bastante interessante" disse Keller em debate com representantes de presidenciáveis promovido pelo Instituto Acende Brasil. O PL, do presidente Jair Bolsonaro, não indicou um participante.
Em relação ao incentivo trazido pela lei para privatização de estatais de saneamento, o economista afirmou que um eventual governo de Ciro não focaria nas desestatizações. Para ele, muitas companhias estaduais de saneamento não são "privatizáveis", e que seria mais interessante que a iniciativa privada reforçasse o setor por meio de PPPs e modelos de concessão.
Em relação a esse ponto, a representante da candidatura de Simone Tebet (MDB), Karina Bugarin, pontuou que a presidenciável também acredita no aperfeiçoamento do setor a partir do novo marco, mas que, diferente da visão do pedetista, Tebet enxerga um papel mais concreto da iniciativa privada neste setor. "O investimento público é limitado", ponderou.
(Estadão Conteúdo)