Ceagesp: Companhia informou que cobrança do estacionamento é a última etapa do processo de modernização da unidade. Objetivo é tornar mais rígido o controle do acesso de veículos e pessoas (Fernando Moraes/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 14h17.
São Paulo - Caminhoneiros fazem neste momento um protesto na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) contra o início da cobrança do estacionamento. Por volta das 12h, eles colocaram fogo na sede da fiscalização da companhia. Mais cedo, eles já haviam quebrado cabines, montado barricadas e depredado carros.
Os manifestantes continuam no interior da unidade e usam pedaços de materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, para quebrar a sede da administração.
Alguns caminhoneiros, que não quiseram se identificar, disseram que a cobrança é um absurdo porque não foi feita nenhuma melhoria no local, além disso não há espaço suficiente para os caminhões. Eles dizem que a única reforma foi a instalação de câmeras de segurança.
Não há policiais dentro da Ceagesp, apenas do lado de fora, e o Corpo de Bombeiros, mesmo com o registro de focos de incêndio, não havia chegado por volta das 12h.
A Ceagesp informou que a cobrança do estacionamento é a última etapa de um processo de modernização da unidade. O objetivo é tornar mais rígido o controle do acesso de veículos e pessoas, pois foram registradas denúncias de exploração sexual dentro do entreposto. Segundo a companhia, a área tem 700 mil metros quadrados, por onde circulam diariamente 12 mil veículos por dia.
O órgão nega que a cobrança traga impactos no preço dos alimentos. Um estudo da Ceagesp aponta que o custo do pedágio representaria, em média, um acréscimo de R$ 0,02 nos produtos comercializados.