Boate Kiss: o incêndio na boate ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais de 620 feridas (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 15h27.
Santa Maria - A uma semana de completar um ano da tragédia de Santa Maria, cerca de 300 familiares e amigos deram início, hoje (20), a uma série de homenagens às 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss.
Pela manhã, eles promoveram caminhada silenciosa da Igreja Nossa Senhora de Fátima até o Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira, onde o arcebispo do município, dom Helio Rupert, celebrou uma missa.
Emocionado, o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, disse que o ato foi importante para chamar a atenção do Poder Público.
“Não podemos deixar cair no esquecimento. Viemos aqui homenagear nossos filhos e cobrar mudanças”.
O coral da Universidade Federal de Santa Maria participou da celebração, marcada também por pedidos de justiça.
Com faixas, cartazes e camisetas, familiares levaram fotos dos jovens e pediam punição aos acusados. Hoje, ninguém está preso.
Os quatro principais acusados, os sócios da boate, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Augusto Bonilha Leão, foram soltos em maio.
Também em memória dos jovens mortos no incêndio, ocorrerá a partir de sábado (25) o 1º Congresso Internacional Novos Caminhos, que debaterá a prevenção e a segurança para que não acorram novas tragédias.
O encontro terminará no dia 27, quando o incêndio da Kiss completa um ano. O dia será dedicado a uma série de homenagens.
O incêndio na Boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais de 620 feridas.
O fogo começou durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, quando um dos músicos acendeu um artefato pirotécnico no palco.
A espuma usada para abafar o som do ambiente era imprópria para uso interno e produziu substâncias tóxicas, como cianeto, o que causou a maioria das mortes.
A boate funcionava com documentação irregular e estava superlotada.